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19 de Agosto: Mundo homenageia milhares de trabalhadores humanitários


Trabalhador humanitário na educação sobre a Ébola, África ocidental.
Trabalhador humanitário na educação sobre a Ébola, África ocidental.

Em comemoração do Dia da Acção Humanitária, agências internacionais prestam homenagem aos milhares de trabalhadores humanitários que perderam as suas vidas ou sofreram ferimentos em serviço.

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Em Dezembro de 2008, a Assembleia Geral das Nações Unidas decidiu que 19 de Agosto passaria a ser Dia da Acção Humanitária, para recordar as vítimas do ataque terrorista aos escritórios das Nações Unidas, em Bagdad, no Iraque, em 2003. Vinte e dois funcionários das Nações Unidas morreram nesse ataque, incluindo o brasileiro Sérgio Vieira de Mello, chefe de missão.

O porta-voz das Nações Unidas, em Genebra, Ahmad Fawzi, era na altura adido de imprensa de Sérgio Vieira de Mello.

Fawzi recorda que este ataque remeteu à percepção de que o trabalho humanitário das Nações Unidas havia se tornado alvo do terrorismo.

A partir do incidente de Bagdad, aumentaram e tornaram-se comuns os ataques aos trabalhadores humanitários respondendo à emergências.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) prepara uma campanha para alertar sobre os contínuos ataques contra trabalhadores de saúde e unidades sanitárias.

A OMS informa que, apenas no passado, 603 trabalhadores de saúde foram mortos e 958 feridos em ataques directos em 32 países.

Rudi Coninx, coordenador do departamento de resposta humanitária na OMS, diz que os trabalhadores de saúde e as unidades de saúde são regularmente atacadas nas zonas em conflitos.

Segundo Coninx, “recentemente, no Iémen 30 hospitais foram atacados, 14 trabalhadores de saúde feridos e cinco mortos. Mas não é apenas no Iémen – na Síria, Iraque, República Centro Africana, Ucrânia, Sudão do Sul hospitais são atacados”.

“Os ataques deverão terminar,” apela.

Mas a vida dos trabalhadores de saúde não está apenas em risco nas zonas em conflito. A OMS sublinha que na África ocidental, mais de metade dos 875 trabalhadores de saúde infectados com a Ébola morreram. Alguns trabalhadores de saúde foram mortos por aldeões quando tentavam passar informação sobre a mortífera doença na Guiné.

O número de casos de pólio no mundo foi reduzido em 99 por cento. Mas esta conquista teve um grande custo. Segundo a OMS, mais de 100 trabalhadores de saúde foram atacados tentando erradicar a doença. Trinta e dois deles foram mortos no Paquistão tentando vacinar crianças contra a incapacitante doença.

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