Morreu nesta sexta-feira, 15, aos 91 anos de idade, o pintor clombiano Fernando Botero na sua casa no principado de Mónaco.
Ele se encontrava doente e a morte dele foi confirmada pelo Presidente colombiano nas redes sociais.
"Morreu Fernando Botero, o pintor de nossas tradições e defeitos, o pintor das nossas virtudes. O pintor da nossa violência e da paz", escreveu Gustavo Petro.
Conhecido pelo seu próprio estilo de pintura, o Boterismo, Botero ficou famoso pela sua arte que funcionou como crítica social, sobretudo a respeito da ganância humana.
Imagens de figuras rechonchudas, de pessoas a imagens da natureza, tornaram-se a sua principal caraterística.
Botero foi associado a uma arte de bom-humor, com um surrealismo de tom lúdico, segundo os críticos de arte.
Natural de Medellin, onde nasceu em 1932, Fernando Botero era autodidata e iniciou sua carreira como ilustrador no jornal "El Colombiano" no final da década de 1940.
Enquanto trabalhava, ele passou a ser influenciado pelo pintor italiano Piero della Francesca (1415-1492) e foi a partir do estudo da obra dele que nasceu o estilo inconfundível de Botero, aos 25 anos de idade.
Considerado um dos maiores artistas da atualidade, ganhou fama e popularidade nas últimas décadas graças às pinturas e também às enormes esculturas de bronze expostas pelo mundo, a partir dos anos de 1990.
O conjunto da sua obra engloba cerca de três mil pinturas e mais de 200 esculturas, além de desenhos e aquarelas.
A estética de Botero tornou-se uma grande atração em museus de arte contemporânea e decorou a Champs-Élysées em Paris, a Park Avenue em Nova Iorque e o Paseo de Recoletos de Madri, entre outras vias renomadas, bem como parques e praças de Buenos Aires a Moscovo a Tóquio.
As suas emblemáticas figuras de grandes dimensões ajudaram a chamar a atenção global para os artistas latino-americanos na segunda metade do século XX.
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