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FMI quer auditorias internacionais a empresas moçambicanas


Organização diz que governo tem que tomar medidas urgentes para salvar economia

O Fundo Monetário Internacional quer uma auditoria internacional a empresas moçambicanas que receberam fundos de empréstimos secretos do governo.

Num comunicado emitido no final da visita de uma delegação a Moçambique o FMI disse que durante a visita foi efectuado “bom progresso em identificar com as autoridades um pacote de medidas com o objectivo de fortalecer a transparência, melhorar a governação e evitar a repetição de dividas não anunciadas”.

As iniciativas da Procuradoria-Geral a República e de uma Comissão Parlamentar de Inquérito, para investigar as dívidas constituem “passos importantes para restaurar a confiança” acrescentando no entanto que outras medidas são necessárias “em particular uma auditoria internacional e independente às companhias EMATUM, Proindicus e MAM sendo as duas últimas as empresas que receberam financiamento dos empréstimos anteriormente não revelados".

O FMI, que suspendeu ajuda a Moçambique depois de terem sido revelados os empréstimos à ProIndicus e MAM, avisou ainda que Moçambique deve adoptar “um pacote urgente e decisivo de medidas” para evitar a deterioração da economia.

Entre estas medidas a organização defende apertos a nível fiscal e monetário e “flexibilidade” cambial mas que esses “ajustamentos” devem “preservar programas sociais críticos”.

O FMI disse ainda que os empréstimos secretos tinham elevado a divida moçambicana no final de 2015 para 86% do PIB.

A dívida pública atingiu agora um alto risco de exaustão.

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