Links de Acesso

Mali: 27 candidatos disputam as eleições presidenciais este Domingo


Pode ser o fim da crise política numa competição em que se misturam antigos membros de governos e novos pretendentes do poder

O Mali vai a votos no Domingo para eleger um novo presidente. Existem 27 candidatos na lista.Entre eles estão alguns pesos pesados dos regimes anteriores como figuras novas.

Existem vários candidatos dados como em vantagem, e a maioria deles já ocupou altos cargos governamentais.Há um ano e meio a viver numa crise política sem precedentes estas eleições representam uma única alternativa para a busca de um governo legítimo.

Muitos malianos responsabilizam os políticos que governaram o país na última década por esta situação, enquanto outros afirmam que o país precisa de líderes experimentados para fazer face aos desafios políticos actuais.

A crise domina as eleições e na votação de Domingo nenhum dos candidatos está livre de surpresas. Contudo a primeira linha dessa corrida, parece ser dominada por antigos ministros e primeiros-ministros, entre eles, Ibrahim Boubacar Keita.

IBK, como é assim conhecido pelas suas iniciais, foi um antigo opositor do derrubado o presidente Amadou Toumani Touré, também conhecido pelas iniciais ATT.

Boubacar Keita desempenhou as funções de presidente da Assembleia Nacional até 2007, tem uma reputação de duro na palavra e profundamente nacionalista.

Ibrahim Boubacar Keita diz que os malianos têm a oportunidade de escolha: entre alguém que seja capaz de tomar grandes decisões que o país precisa, ou seja credível e não corrupto.

O candidato adianta que os eleitores não devem conceder o poder a homens de mãos manchados de escândalos, e que pessoalmente não vai tolerar a corrupção no seu país.

Outros antigo primeiros-ministros estão entre os candidatos. Trata-se de Soumana Sacko e Modibo Sidibé. Sacko é um reputado economista conhecido pelo seu trabalho com as agências internacionais de desenvolvimento. Sidibé foi um antigo oficial da polícia. Era um dos próximos do derrubado presidente Touré e ocupou o cargo de primeiro-ministro até 2011.

Os 27 candidatos estão todos a prometer quase as mesmas coisas. No topo da lista das promessas encontra-se a reconciliação nacional e a submissão dos militares ao poder político, assim como o combate a corrupção e a criação de emprego.

Um outro candidato do grupo dos favoritos chama-se Soumaila Cissé, um tecnocrata da região de Timbuktu que serviu no governo de Oumar Konaré na década de 90 e que presidiu a União monetário dos Estados da África Ocidental durante 7 anos até 2011.

Dramane Demble é um outro da lista dos favoritos. Trata-se de um geólogo com experiencia limitada na governação, mas que conta com o apoio do maior partido político do país.

Há também outros candidatos que concorrem pela primeira vez a magistratura suprema do país. Moussa Mara é um deles, e é dos mais novos, com apenas 38 anos de idade. É estrela ascendente na cena política maliana desde a sua eleição em 2009 como presidente de câmara de uma das comunas da cidade de Bamako.

A única mulher na lista, reponde pelo nome de Aichata Chada Haidara, é uma deputada da Assembleia Nacional e natural da região norte. Os seus discursos condenando os rebeldes tuaregues durante a ocupação do norte do país, a propulsaram para os holofotes políticos. Ela prometeu incluir mais mulheres no governo.

Se as eleições não ficarem esclarecidas neste domingo com um desses 32 candidatos a obter uma maioria clara, a segunda-volta está prevista para o dia 11 de Agosto, e será disputada, entre os dois mais votados
XS
SM
MD
LG