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Mais pessoas mudam para as grandes cidades no mundo, diz relatório da OIM


Até 2050, a população urbana será estimada em 6.4 mil milhões de pessoas, quase o dobro da actual.

Um novo relatório da Organização Mundial das Migrações (OMS) mostra que cresce o número de pessoas que mudam para as cidades, em todo o mundo, para aproveitar as oportunidades que os centros urbanos oferecem.

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A edição deste ano do relatório mundial sobre as migrações tem o foco nos riscos e oportunidades criados pela rápida urbanização.

Mais de metade da população mundial vive nas cidades.

Os demógrafos estimam que até 2050, a população urbana será estimada em 6.4 mil milhões de pessoas, quase o dobro da actual, o que significa que 70 por cento da população mundial viverá em áreas urbanas.

A relatório da OIM informa que a migração está em crescimento e que grande parte da movimentação para as grandes cidades ocorre dentro dos países e não à busca de melhores oportunidades no estrangeiro.

Últimos dados estatísticos mostram que existem 230 milhões de imigrantes internacionais e 740 milhões de imigrantes internos.

June Lee, editora-chefe do relatório, afirma que uma em sete pessoas no mundo muda do seu local de residência para uma grande cidade no seu própria país.

Ela explica que os que mudam para as grandes cidades, muitas vezes, recorrem a meios irregulares de subsistência, o que as torna vulneráveis à exploração, porque moram e trabalham no informal.

Mesmo assim, diz Lee, buscam oportunidades de emprego, rendimento e também protecção.

Cerca de 85 por cento dos 100 países analisados pelas Nações Unidas têm politicas para travar a migração.

Mas Lee considera que tendo em conta o envelhecimento das sociedades, a migração para as grandes cidades é inevitável.

Face a isso, o relatório recomenda que as autoridades municipais deverão ter politicas para melhor integrar os imigrantes nos novos ambientes.

O relatório indica que cerca de 50 por cento dos imigrantes internacionais vivem em 10 países ricos e altamente urbanizados, entre os quais Austrália, Canadá, Estados Unidos e alguns da Europa e do Médio Oriente.

O documento da OIM ressalva que maior crescimento de população urbana será nas áreas mais pobres de África e Ásia.

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