O problema da indisponibilidade de salas de aulas na província da Huíla vai ser mais um a somar aos muitos nas escolas públicas numa altura em que o governo de Angola pondera recomeçar com as aulas em Julho próximo.
Por força da pandemia da covid-19 uma das medidas a adoptar em caso de retoma das aulas passará por diminuir o número de alunos por salas em geral abarrotadas para garantir o distanciamento físico.
No Lubango, a capital da província, o quadro da disponibilidade de salas em relação ao número de alunos já é preocupante, segundo o director municipal da educação, Pedro Tchissingui.
“Algumas estudam em condições aceitáveis e as outras são aquelas que estudam debaixo das árvores em salas improvisadas e ainda ao ar livre”, disse
No âmbito do Plano Integrado de Intervenção nos Municípios, (PIIM), no Lubango estão previstas no que toca ao sector da educação a construção de sete escolas o que corresponde a 81 salas de aulas para albergar seis mil alunos.
A educadora social, Lina Tomás, mostra-se preocupada pela ausência de formação de professores e demais pessoal ligado as instituições de ensino para lidar com o contexto de covid-19 perante o hipotético reinício das aulas.
“Falo da direcção da escola falo dos professores falo dos auxiliares de limpeza do jardineiro dos guardas todos esses precisam de ter uma formação precisam de ter informações mais detalhadas em relação aquilo que é esta doença”, afirmou.
Para a especialista é difícil as escolas garantirem as condições de biossegurança dentro do previsto e acredita que a pandemia veio impor enormes desafios em todas as áreas do país.
“ Essa pandemia veio mais nos dar algumas lições para criar novos hábitos e é muito trabalho que ainda se tem pela frente. Os desafios são grandes em todas as áreas não só para o sector da educação não só para o sector da saúde, mas em todas as áreas”, disse
O novo calendário escolar aponta para 13 de Julho próximo a retoma total das aulas no ensino superior e gradual no ensino geral.