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Huíla: Famílias afectadas pelas inundações clamam por ajuda no Lubango


Cheias no Lubango, Huíla, Angola
Cheias no Lubango, Huíla, Angola

Administradora Municipal adjunta do Lubango, para a área social, Helga Chaves, diz que a situação não se apresenta fácil face à demanda.

Famílias residentes em zonas consideradas de risco na cidade do Lubango, na província angolana da Huíla, estão desesperadas com as intensas chuvas que caem e que aumentam o risco de desabamento das suas casas.

Com as casas assinaladas pela Administração Municipal em levantamentos anteriores, os moradores aguardam aflitos pela transferência em zonas seguras.

O risco aumenta por se encontrarem à beira do rio Mucufi que atravessa o centro da cidade.

Maria Pandombela e Odília Hassovali são os rostos do clamor das autoridades para uma intervenção urgente.

“Estou à espera do Governo e sempre que vou para lá me dizem que vai aguardar um bocado, mas o tempo está a passar. Até quando esperar um bocado as pessoas estão a sofrer, tiram as pessoas que não estão em perigo, mas as que estão no perigo estão a ficar”, disse Pandombela.

“Nós aqui estamos na miséria meu filho, quem fala verdade não merece castigo. Os outros já foram e a nós não atendem porque? se somos filhos do mesmo pai e da mesma mãe!”, desabafou Odília”.

António Cláudio é outro morador e lamenta que as promessas de transferência para zonas seguras tardam em se cumprir.

Com as chuvas a cair a situação torna-se mais preocupante.

“Quando a chuva cai no bairro da ilha não se dorme para ser sincero e as casas estão sempre a cair, então meu clamor como jovem é que a administração municipal venha logo para nos ajudar nessa vertente", pediu Cláudio.

A Administração Municipal do Lubango diz acompanhar com preocupação a situação de 1.937 famílias a residir em 69 zonas risco distribuídas em 12 bairros e duas comunas.

São mais de nove mil pessoas afectadas pelo actual momento.

A administradora municipal adjunta do Lubango, para a área social, Helga Chaves, diz que a situação não se apresenta fácil face à demanda, e aguarda-se pela aprovação de novos projectos para se continuar a acudir as famílias vulneráveis.

“Temos alguns projectos para o próximo PIIM se acontecer para a construção de mais algumas casas para realojar estas famílias, temos também previsto o loteamento de alguns terrenos para distribuir estas famílias em zonas mais seguras”, explicou Chaves.

De acordo com a Administração Municipal do Lubango, mais de 90 famílias foram retiradas recentemente de zonas de risco, num problema difícil de gerir.

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