O comandante geral e o vice-comandante geral da Polícia Nacional de São Tomé e Príncipe foram demitidos nesta quinta-feira, 6, pelo Governo na sequência da paralisação de oficiais e agentes na passada segunda-feira, em protesto por melhores condições.
Em comunicado, o Executivo de Patrice Trovoada anunciou a demissão de Samuel António e Kiakisiki Nascimento e a indicação de Domingos Nascimento "para interinamente exercer as funções de comandante da polícia nacional cumulativamente com as suas funções de comandante distrital de Água Grande".
O ministro da Defesa e da Administração Interna, Arlindo Ramos deve criar “imediatamente uma comissão de reestruturação e melhoria de desempenho" da Polícia Nacional, de acordo com a nota.
Ainda hoje, devem começar negociações entre o Governo e uma comissão da oficiais e agentes policiais com vista a encontrar uma solução à situação actual dos profissionais da ordem.
O analista Walter Vera-Cruz reconhece as dificuldades financeiros que o país enfrenta e diz que há que encontrar uma solução para os problemas.
Funcionários judiciais retomam serviços mínimos
Ontem, os funcionários judiciais e do Ministério Publico, em greve há um mês, retomaram alguns serviços mínimos, mas garantem que a paralisação vai continuar por tempo indeterminado.
Em comunicado, o sindicato da categoria indicou que os serviços mínimos abrangem a legalização das detenções, soltura dos arguidos que terminam o cumprimento da pena de prisão e outros casos cujo prazo de prisão preventiva esteja ultrapassado.
Esse serviço mínimo, que abrange também as autorizações de viagem nos processos de menores que se encontram em situação de risco e as emissões de cheques nos processos de menores, terá a duração de 15 dias úteis.