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EUA cogitam impor sanções sobre sector de petróleo da Venezuela, dizem fontes


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Eleições à Assembleia Constituinte resultaram em violentos confrontos

O governo do Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, está a considerar impor sanções ao vital setor de petróleo da Venezuela em resposta à votação da Assembleia Constituinte no domingo, 30 de Julho, que Washington denunciou como uma "fraude", disseram autoridades norte-americanas.

As medidas, que podem ser anunciadas já nesta segunda-feira, 31, não devem incluir uma proibição ao envio de petróleo venezuelano aos EUA --uma das opções mais extremas –, mas podem bloquear a venda do petróleo norte-americano mais leve que a Venezuela mistura com seu petróleo mais pesado e depois exporta, disseram as autoridades à Reuters.

Embora nenhuma decisão final tenha sido tomada, as autoridades, que falaram sob condição de anonimato, afirmaram que os EUA também podem visar outras autoridades venezuelanas de primeiro escalão, mas o momento de adopção de qualquer nova sanção após as medidas impostas a 13 figuras do país na semana passada continua incerto.

Outras opções ainda estão em estudo, disseram as fontes, entre elas várias medidas para restringir o acesso do governo de Caracas e da estatal petroleira PDVSA ao sistema bancário dos EUA.

Mas não ficou claro se o governo norte-americano está pronto para aplicar tais acções ou se, ao invés disso, irá reservá-las para o caso de considerar necessária uma nova escalada na esteira da votação venezuelana, que foi amplamente boicotada e desencadeou protestos com mortes. Washington concordou com a visão da oposição venezuelana, segundo a qual a consulta pretende consolidar uma ditadura.

Maduro no poder por tempo indeterminado

O Presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, convocou para o 30 de Julho eleições à Assembleia Constituinte, que resultaram em violentos confrontos e mortes.

Maduro prometeu que a assembleia vai restaurar a paz, após quatro meses de protestos da oposição, durante os quais mais de 100 pessoas foram mortas.

Os eleitores votaram para uma "Assembleia Constituinte", cujos 545 membros serão encarregados de reescrever a constituição do país.

Críticos dizem que apenas os apoiantes de Maduro são candidatos. Eles poderão mudar a constituição para mantê-lo no poder por tempo indeterminado.

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