Mas de sete mil jovens participam em cada campo de exploração de diamantes na Lunda Norte, conhecidas como zonas de garimpo artesanal, uma forma de fazer frente à falta de emprego na província. Vários empresários querem agora humanizar a actividade do garimpo, começando por organizar os jovens em cooperativas.
Segundo Regeiro João Manuel, empresário que se dedica à compra, venda e exploração de diamantes, abrir escolas e o hospitais nas zonas de garimpo artesanal seria uma alternativas para valorizar a vida dos garimpeiros, além de ensiná-los a ler e escrever:
“O que nós queremos é que os garimpeiros, como já não são pessoas desocupadas, possam ter um emprego, uma ocupação para que contribuam para o desenvolvimento do nosso país. Então queremos antes identificar todos os garimpeiros e saber quantos são para inscreve-los nessas cooperativas”, disse Regeiro João Manuel.
Aquele empresário diz que a prioridade da humanização das actividades da exploração de diamante artesanal passa por organizar as cooperativas formadas há mais de um ano e colocar estruturas sociais junto das zonas de exploração diamantíferas:
“Numa primeira fase, as estruturas podem funcionar em pré-fabricados, de modo que sejam montadas e desmontadas facilmente, mas se houver boa vontade dos garimpeiros dentro de dois meses teremos bons avanços”, disse Regeiro João Manuel.
Há iniciativas semelhantes nas províncias de Malange e Bie.
De recordar que os garimpeiros são maioritariamente das zonas do Cuilo, Kaungula, Lubalo, Xá-Muteba e Capenda Camulemba.