O Presidente americano, Joe Biden, aceitou reunir-se com o seu homólogo russo, Vladimir Putin, numa cimeira proposta pelo chefe de Estado francês, Emmanuel Macron, cuja data será anunciada em breve.
O anúncio foi feito em comunicado na noite deste domingo, 20, pelo Palácio do Eliseu, em Paris, acrescentando que a condição para o encontro é que até lá não haja qualquer agressão russa.
A nota acrescenta que, posteriormente, as negociações serão estendidas a “todas as partes interessadas” numa solução da crise entre a Moscovo e Kiev.
Os Estados Unidos "comprometem-se a continuar a diplomacia até o início de uma invasão", disse, por sua vez, a porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, num comunicado em que confirmou a reunião.
"Também estamos preparados para infligir consequências rápidas e severas se a Rússia optar pela guerra", acrescentou Psaki, para quem " a Rússia parece continuar seus preparativos para um ataque em grande escala à Ucrânia muito em breve".
A agenda da cimeira, segundo a Presidência francesa, será preparada num encontro entre o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, e o seu homólogo russo, Sergei Lavrov, a ser realizado na quinta-feira, 24.
A data da cimeira será anunciada nos próximos dias.
Este anúncio ocorre no meio de novas acusações entre a Rússia e a Ucrânia sobre a origem dos combates registados no leste da Ucrânia e contrasta com os avisos de uma intervenção iminente de Moscovo, feitos pelos países ocidentes, nomeadamente os Estados Unidos.
Imagens da empresa americana de satélite Maxar, no entanto, mostram novos desdobramentos de tropas russas e equipamentos militares na fronteira ucraniana.
Estas novas fotos tiradas no domingo revelam vestígios de veículos atravessando campos nevados, cercados por bosques e ladeados por estradas.
