O secretário de Defesa americano Lloyd Austin pediu uma redução da crise na Ucrânia numa conversa telefónica nesta sexta-feira, 18, com o seu homólogo russo, Sergey Shoigu.
"Austin pediu uma redução da escalada, o retorno das forças russas que cercam a Ucrânia às suas bases e uma resolução diplomática", disse o secretário de imprensa do Pentágono, John Kirby, em comunicado.
A conversa ocorre no momento em que a Rússia anunciou a realização de exercícios das suas forças nucleares no sábado.
O Presidente Vladimir Putin supervisionará pessoalmente os exercícios envolvendo vários lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais e mísseis de cruzeiro, de acordo com o Ministério da Defesa da Rússia.
Biden fala à nação
A meio da tarde de hoje, o Presidente americano vai falar, uma vez mais, à nação sobre "esforços contínuos na busca da dissuasão e da diplomacia" com a Rússia sobre a situação na Ucrânia, segundo fontes da Casa Branca.
Joe Biden manterá também conversas ainda hoje com homólogos europeus a quem vai informar dos últimos acontecimentos.
Na quinta-feira, Biden alertou para uma probabilidade "muito alta" de a Rússia invadir a Ucrânia nos próximos dias, agora que tem cerca de 150 mil soldados ao longo de sua fronteira com a Ucrânia.
Entretanto, hoje, Vladimir Putin disse que a situação no leste da Ucrânia piorou depois da troca de acusações e de disparos entre as forças ucranianas e rebeldes apoiados pela Rússia.
“Neste momento, estamos a ver a deterioração da situação”, no leste da Ucrânia, disse Putin em conferência de imprensa em Moscovo, ao lado do Presidente bielorrusso Alexander Lukashenko, depois de discutir os exercícios militares conjuntos entre os dois países perto da fronteira com a Ucrânia.
Os líderes dos separatistas apoiados pela Rússia nas regiões de Luhansk e Donetsk, no leste da Ucrânia, anunciaram a evacuação de civis.
Denis Pushilin, chefe do Governo separatista, disse em comunicado que mulheres, crianças e idosos serão evacuados primeiro.
Leonid Pasechnik, chefe da região de Donetsk, pediu aos moradores que partam para “a Federação Russa o mais rápido possível” para evitar baixas civis.