O Presidente dos Estados Unidos disse nesta quinta-feira, 17, que a ameaça de uma invasão da Ucrânia pela Rússia é muito alta, e que “há indicações de que eles preparam-se para ir para a Ucrânia”.
Joe Biden acrescentou haver informações de uma operação de “bandeira falsa”, em que a Rússia pode forjar um ataque contra o seu território e usar esse pretexto como desculpa para uma nova agressão contra o país vizinho.
Entretanto, em Moscovo o Governo russo expulsou o vice-embaixador americano, Bartle Gorman.
As autoridades russas disseram que a decisão surge em retaliação à expulsão de um alto diplomata em Moscovo, mas o Departamento de Estado americano ripostou dizendo que a medida não tem explicação e que está a analisar uma resposta.
Em Nova Iorque, numa reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas, o secretário de Estado Antony Blinken reiterou a posição do Presidente Biden de que um ataque de Moscovo pode ser precedido de um pretexto fabricado.
“Este pode ser um evento violento que a Rússia responsabilizará a Ucrânia, ou uma acusação ultrajante de que a Rússia fará contra o governo ucraniano”, disse Blinken, acrescentando que “não sabemos exactamente a forma que vai tomar."
O chefe da diplomacia americana acrescentou que que algumas possibilidades passam por um bombardeamento “terrorista” encenado dentro da Rússia ou um ataque de drones encenado contra civis ou mesmo um ataque com armas químicas falsas ou reais.
Antes de seguir para Alemanha, onde participa nesta sexta-feira, 18, na Conferência de Segurança de Munique, Blinken reiterou que “nossas informações mostram claramente que as forças russas nas fronteiras ucranianas, incluindo forças terrestres e aeronaves, preparam-se para lançar um ataque à Ucrânia nos próximos dias”.
Em Munique, a delegação americana é chefiada pela vice-Presidente Kamala Harris, que discursará no sábado.