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"Dinheiro Negro", Índia descobre 10 mil milhões de dólares sonegados ao Estado


Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi
Primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi

Uma amnistia concedida pelo governo indiano para sonegação de impostos levou dezenas de milhares de suspeitos de irregularidades a revelarem cerca de 10 mil milhões de dólares em renda não declarada, disse o ministério das Finanças da Índia, neste sábado, 1.

O governo do primeiro ministro Narendra Modi enviou cerca de 700 mil notificações mais cedo neste ano a suspeitos de sonegação, para convencê-los a declarar os seus rendimentos e activos até então ocultos, conhecidos como "dinheiro negro" na Índia, com a promessa de que eles não serão processados pelas autoridades se legalizarem os recursos mediante o pagamento de uma multa.

O ministro das Finanças, Arun Jaitley, disse a jornalistas que o processo, que durou quatro meses e foi encerrado na sexta-feira, levou a 64.275 declarações, o que resultou em 652,5 mil milhões de rúpias (9,8 mil milhões de dólares) em descobertas de recursos até então escondidos pelos sonegadores.

Jaitley adicionou que o número final da iniciativa provavelmente será ainda maior. Com os impostos devidos e multas de 45 por cento, o governo poderia levantar mais de 293,6 bilhões de rúpias (4,41 mil milhões de dólares) com esse dinheiro não declarado, segundo cálculos da Reuters.

Não havia uma meta oficial para a iniciativa, mas autoridades do governo tinham um objectivo interno de levantar cerca de 7,5 mil milhões de dólares.

Durante as eleições de 2014, Modi prometeu trazer de volta milhões de dólares em "dinheiro negro" se fosse eleito.

No seu Twitter, ele disse que o resultado do processo foi "um sucesso" e representa "uma grande contribuição para a transparência e o crescimento da economia".

Na Índia, um país com 1,3 mil milhões de habitantes, menos de 18 mil pessoas declararam renda anual de 10 milhões de rúpias ou mais em 2012/13, segundo os últimos dados oficiais.

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