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Dívidas Ocultas: Analistas apontam provas indiciárias contra acusados que vão a julgamento em Agosto


No meio Ndambi Guebuza, com o pai Armando Guebuza à sua esquerda. Ndambi é um dos arguidos.
No meio Ndambi Guebuza, com o pai Armando Guebuza à sua esquerda. Ndambi é um dos arguidos.

Ex-Presidente Armando Guebuza será ouvido como declarante em Outubro

O julgamento do caso das dívidas ocultas vai começar no dia 23 de Agosto e especialistas dizem que há uma forte prova indiciária contra os 19 arguidos a serem julgados no âmbito deste processo tido como o maior escândalo de corrupção em Moçambique.

As dívidas ocultas, contratadas entre 2013 e 2014, envolvem cerca de 2,2 mil milhões de dólares, desviados da aplicação proposta, ou seja, projectos pesqueiros e protecção costeira.

Entre os arguidos que vão a julgamento figuram o filho do antigo Presidente moçambicano, Armando Guebuza, Ndambi Guebuza, o antigo director dos Serviços de Informação e Segurança do Estado, Gregório Leão, e ainda António Carlos do Rosário, Cipriano Mutota e Teófilo Nhangumele.

Armando Guebuza não é arguido e deverá ser ouvido, como declarante, no dia 6 de Outubro.

O jurista José Machicame entende que o Ministério Público recolheu muitas provas e pensa que a maioria dos arguidos será condenada de acordo à acusação deduzida e a pronúncia também.

Machicame avança que "há elementos sólidos para o tribunal formar a sua convicção e a sua certeza em relação à culpabilidade ou culpa dos arguidos, porque essa é uma prova recolhida pela justiça moçambicana e pela justiça americana e baseada na auditoria forense da empresa de auditoria Kroll".

O também jurista Borges Nhamirre diz acreditar que haja condenações, mas pensa que a data de julgamento pode ser adiad, porque se trata de um processo complexo e que envolve várias pessoas.

"A ausência provável de um advogado ou de uma peça que não tenha sido consultada pode levar a adiamento", realça.

As dívidas ocultas foram contratadas em forma de crédito junto das filiais britânicas dos bancos Credit Suisse e VTB, em nome das empresas moçambicanas Ematum, Mam e ProIndicus.

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