O sinal de alerta manifestado recentemente pelo Presidente João Lourenço sobre os diferentes tipos de crimes que crescem em Angola está a criar uma movimentação invulgar das autoridades.
Para falar sobre o assunto, ouvimos a psicóloga Maria de Encarnação Pimenta, o sub Procurador Geral da República, Manuel Bambi, o sociólogo Heitor Simões e o antropólogo Adriano Menezes.
Contrariamente à versão sempre propalada pelas autoridades policiais, sobre o controlo da criminalidade no país, o Presidente da República veio, recentemente, a público contrariar os dados que são divulgados.
Na cerimónia de tomada de posse do novo comandante-geral da Polícia Nacional, Paulo Gaspar de Almeida, João Lourenço pediu, ao novo comandante, que não sejam dadas “tréguas àqueles que não têm permitido que as populações angolanas tenham um sono tranquilo”.
O Chefe de Estado angolano traduziu o seu pensamento, com base no sentimento de insegurança que se manifesta, quase todos os dias, pelas populações, com destaque para a capital do país.
João Lourenço orientou Paulo Gaspar de Almeida a olhar para os tipos de crimes que têm surgido ultimamente, com realce para o crime contra as pessoas e contra o património público.
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A Polícia Nacional não tem sido capaz de prevenir e combater a natureza dos vários crimes. A deficiente iluminação pública nas cidades e na periferia e a escassez de meios operacionais e financeiros, são apontados como sendo os grandes obstáculos.
João Lourenço não teve dúvidas em concluir que o país que ele lidera, se encontra numa fase em que “tudo se rouba, tudo se destrói” e considera fundamental, nesta fase, que o Estado tenha de estar à altura de defender o património público, reconhecendo que se trata de “uma uma árdua missão que não compete apenas aos polícias”.
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O sub Procurador Geral da República afirma que a prática de crimes contra o património público no país, decorre da falta de organização das autoridades que devem intervir nestes casos.
Manuel Bambi chama a atenção da sociedade para as consequências dos
crimes contra o património público.
Oiça os comentários dos convidados a debater este tema: