Michael Flynn, escolhido pelo Presidente-eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, como conselheiro de segurança nacional, realizou cinco ligações telefónicas com o embaixador da Rússia nos EUA no dia em que o governo norte-americano retaliou Moscovo pela interferência na eleição presidencial, disseram três fontes próximas ao assunto.
As ligações ocorreram entre o momento em que a embaixada russa foi informada das sanções e o anúncio do Presidente russo, Vladimir Putin, de que ele decidira não retaliar de volta, disseram as fontes, que pediram para não serem identificadas.
As ligações levantam dúvidas entre algumas autoridades norte-americanas sobre os contactos entre assessores de Trump e autoridades russas, num momento em que as agências de inteligência norte-americanas sustentam a tese de que Moscovo realizou uma grande campanha de hackers para alavancar as chances do republicano e minar a candidatura da democrata Hillary Clinton.
No dia 29 de Dezembro, o Presidente norte-americano, Barack Obama, anunciou a expulsão de 35 diplomatas russos suspeitos de serem espiões, e aplicou sanções a duas agências de inteligência russas por suposto envolvimento em invadir os sistemas de grupos políticos dos EUA.