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Comícios do Primeiro de Maio na Europa homenageiam trabalhadores


Demonstrators hold a banner reading : "Proletarians and oppressed peoples of all countries, unite" during a May Day demonstration march from Republique, Bastille to Nation, in Paris, France, May 1, 2022.
Demonstrators hold a banner reading : "Proletarians and oppressed peoples of all countries, unite" during a May Day demonstration march from Republique, Bastille to Nation, in Paris, France, May 1, 2022.

Cidadãos e sindicatos em cidades da Europa foram às ruas no domingo para as marchas do 1º de Maio e para enviar mensagens de protesto aos seus governos, principalmente em França, onde o feriado para homenagear os trabalhadores estava a ser usado como um grito de guerra contra o Presidente recém-reeleito Emmanuel Macron.

O 1º de Maio é um momento de grande emoção para os participantes e suas causas, com a polícia a postos. A polícia turca agiu rapidamente em Istambul e cercou manifestantes perto da Praça Taksim, onde 34 pessoas foram mortas em 1977, durante um evento de 1º de Maio, quando tiros foram disparados contra a multidão de um prédio próximo.

Polícia e manifestantes confrontam-se quando estes tentavam entrar na Praça Taksim para celebrar o 1º de Maio, in Istambul, Turquia, 1 de Maio, 2022.
Polícia e manifestantes confrontam-se quando estes tentavam entrar na Praça Taksim para celebrar o 1º de Maio, in Istambul, Turquia, 1 de Maio, 2022.

No domingo, a polícia deteve 164 pessoas por se manifestarem sem permissão e resistirem à polícia na praça, disse o gabinete do governador de Istambul. Num local no lado asiático de Istambul, um encontro de 1º de Maio atraiu milhares, cantando e agitando cartazes, uma manifestação organizada pela Confederação dos Sindicatos Progressistas da Turquia.

Na Itália, após uma pausa de dois anos de pandemia, um mega concerto ao ar livre foi marcado para Roma com comícios e protestos em cidades de todo o país. Além do trabalho, a paz foi um tema subjacente com pedidos pelo fim da guerra da Rússia na Ucrânia.

Os três principais sindicatos trabalhistas da Itália concentraram a sua principal manifestação na cidade de Assis, no topo da colina, um destino frequente para protestos pela paz. O slogan deste ano é "Trabalhando pela paz".

"É um 1º de Maio de compromisso social e civil pela paz e pelo trabalho", disse a chefe do sindicato CISL da Itália, Daniela Fumarola.

Outros protestos foram planeados em toda a Europa, inclusive na Eslováquia e na República Checa, onde estudantes e outros planeavam manifestar-se em apoio à Ucrânia enquanto comunistas, anarquistas e grupos anti-União Europeia realizavam os seus próprios ajuntamentos.

Na França, os comícios de 1º de Maio – uma semana após a eleição presidencial – visam mostrar a Macron a oposição que ele pode enfrentar no seu segundo mandato de cinco anos e contra os seus centristas antes das eleições legislativas de Junho. Os partidos da oposição, principalmente a extrema esquerda e a extrema direita, estão a tentar quebrar a maioria do governo de Macron.

Os protestos foram planeados em toda a França, com foco em Paris, onde o sindicato CGT, apoiado pelos comunistas, liderava a marcha principal pelo leste de Paris, acompanhado por um punhado de outros sindicatos. Todos pressionam Macron por políticas que coloquem as pessoas em primeiro lugar e condenando o seu plano de aumentar a idade de reforma de 62 para 65.

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