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Chefe da Liga Árabe diz que Israel está a "brincar com fogo" sobre Jerusalém


Palestinianos fogem de gás usado pela polícia na cidade velha de Jerusalém. Julho 21, 2017.
Palestinianos fogem de gás usado pela polícia na cidade velha de Jerusalém. Julho 21, 2017.

A Liga Árabe alertou que Israel está a "brincar com fogo" na "linha vermelha" de Jerusalém e que os seus ministros das Relações Exteriores realizarão uma reunião de emergência na próxima quarta-feira sobre a violência israelo-palestiniana, de acordo com comunicados divulgados neste domingo, 23 de Julho.

Israel enviou tropas adicionais à Cisjordânia no sábado, após surtos de violência devido à instalação de detectores de metal, realizada por Israel, nos pontos de entrada do Nobre Santuário do complexo do Monte do Templo na antiga cidade murada de Jerusalém.

A onda de violência renasceu na sexta-feira, 21 de Julho, depois de três palestinianos terem sido assassinados, provocando a reacção de um outro palestiniano, que esfaqueou três israelitas até à morte.

Em Jerusalém, no sábado, a polícia israelita usou equipamento para conter tumultos para dispersar dezenas de palestinianos que atiravam pedras e garrafas contra eles.

"Jerusalém é uma linha vermelha que árabes e muçulmanos não têm permissão de atravessar... E o que está acontecer hoje é uma tentativa de impor uma nova realidade na Cidade Santa", disse o sscretário-geral da Liga Árabe, Ahmed Aboul Gheit, em comunicado.

"O governo israelita está a brincar com fogo e a arriscar uma grande crise com o mundo árabe e islâmico", acrescentou Aboul Gheit.

Os ministros das Relações Exteriores da Liga Árabe vão realizar reuniões de emergência no Cairo na próxima quarta-feira, 26 de Julho, disse o grupo em comunicado.

O Conselho de Segurança das Nações Unidas planeia reunir-se na segunda-feira, 24 de Julho, para discutir a mais recente onda de violência entre palestinos e israelitas. Suécia, Egipto e França solicitaram a reunião para discutir com urgência a redução das tensões em Jerusalém.

Comandantes do Exército israelita alertaram que a violência pode aumentar.

Reuters

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