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Chefe do Banco Mundial pede ao G20 negociações para a redução dívidas de países mais pobres


David Malpass, presidente do Banco Mundial
David Malpass, presidente do Banco Mundial

O presidente do Banco Mundial, David Malpass, pediu neste sábado, 18, ao grupo das 20 principais economias globais (G20) que estenda o congelamento dos pagamentos oficiais de dívidas dos países mais pobres até o final de 2021.

Malpass disse que, por causa da Coid-19, “nos países menos desenvolvidos, a pobreza cresce rápido, o rendimento médio em queda e o crescimento é profundamente negativo. Os encargos da dívida - já insustentáveis para muitos países - estão a subir para níveis de crise”.

Face ao cenário, Malpass disse que negociações devem ser iniciadas para reduzir o endividamento de alguns países.

Numa reunião virtual com os ministros das finanças e governadores de bancos centrais do G20, Malpass disse que todos principais credores oficiais deverão participar totalmente na Iniciativa de Suspensão do Serviço da Dívida (DSSI, na singla em Inglês), e de forma transparente.

Ele disse que “a participação plena, por exemplo, do Banco de Desenvolvimento da China como credor bilateral oficial é importante para que a iniciativa funcione.

A abordagem ampla do DSSI, disse, pode ajudar a obter grandes benefícios para os países mais pobres participantes, que “identificaram 8,4 bilhões de dólares de poupanças elegíveis nos seus pagamentos do serviço da dívida em 2020, mas os dados fornecidos ao G20 pelos credores identificaram apenas 5 bilhões (...) um déficit de 3,4 bilhões de dólares no alívio da dívida”.

Alemanha promete 3.4 bilhões de ajuda

Entretanto, na mesma reunião, a Alemanha prometeu o equivalente a 3,4 bilhões de dólares para ajudar os países mais pobres do mundo, nesta fase da pandemia.

Os recursos serão disponibilizados como empréstimos de longo prazo para o Fundo de Redução da Pobreza e Crescimento do Fundo Monetário Internacional (FMI).

Em abril, autoridades do FMI disseram ter recebido promessas de 11,7 bilhões de dólares da Austrália, Japão, Canadá, França e Grã-Bretanha para reabastecer o PRGT.

“Com os fundos ... os países de baixa renda podem receber empréstimos com muito desconto”, disse o Ministério das Finanças alemão.

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