A CASA-CE apelou aos angolanos a se registarem em massa como eleitores tendo em vista as eleições de 2017.
O apelo foi feito por um dos três candidatos a presidente da coligação Carlos Pinho no Kwanza Sul ,que afirmou que o seu partido se opõe aos moldes como está a ser efectuado o registo eleitoral.
No entanto e tendo em conta que a oposição não tem poderes na Assembleia Nacional para poder impedir o processo de continuar nos actuais moldes “não nos resta outra alternativa senão apelar a toda a população que de uma forma massiva se registe para estar habilitada no próximo ano a decidir o futuro do país”, disse Pinho.
O candidato tem visitado várias províncias e esteve também no Lubango, onde afirmou que a sua candidatura não é contra ninguém, mas a favor dos militantes e dos angolanos.
São ainda candidatos à liderança da CASA-CE, Abel Chivukuvuku e João Kalupeteka.
Carlos Pinho disse ainda que concorre porque os estatutos da coligação assim o permite e que sente que deve fazê-lo agora.
“Eu julgo que cada um de nós deve ser protagonista dentro da sua época, não na época passada ou na época futura em que nós não vamos estar cá”, afirmou.
“É desta época em que nós estamos e portanto se nos sentimos capazes de dar um contributo ao país e eu sinto-me nesta condição”, acrescentou
Entre os 10 princípios que definiu para a sua candidatura, Carlos Pinho defende a reforma do Estado a começar com a constituição, que, segundo ele, dá lugar ao actual modelo de governação que não protege a democracia e a separação dos poderes.
Em relação ao novo modelo económico que o actual regime tenta implementar com a diversificação da economia, Carlos Pinho levanta algumas dúvidas.
“Eu não acredito que um Governo que teve a hegemonia durante cerca de 40 anos e não aproveitou todo o esse tempo para fazer a diversificação, nem aproveitou os últimos 13 anos de uma situação excepcional de folga de recursos financeiros, vá fazê-lo agora que nos encontramos numa crise económica e financeira”, afirmou Pinho,concluindo que "não há outra alternativa a não ser a mudança de regime”.