Cerca de 800 comissários da Comissão Nacional Eleitoral de Angola (CNE) escreveram ao parlamento a pedir que clarifique as suas tarefas, revelou o líder da Unita Isaías Samakuva.
Numa entrevista à VOA, Samakuva manifestou preocupação com o registo eleitoral que vai iniciar este mês, em Angola.
A oposição tem afirmado que o processo deve ser levado a cabo por um organismo independente e não pelo governo.
“Nós estamos a tentar convencer o governo que o registo eleitoral é o primeiro passo no processo eleitoral”, disse Samakuva que acrescentou que o governo angolano não é de opinião que o registo eleitoral é parte do processo eleitoral.
Para o dirigente da Unita isso “não faz sentido”.
“Os nossos companheiros que estão na CNE estão também a compreender que as suas competências estão a ser exercidas por outros que não são da CNE o que contraria a própria constituição”, afirmou.
“Cerca de 800 comissários, membros da CNE, subscreveram uma carta à Assembleia Nacional a solicitar esclarecimento sobre este aspecto”, acrescentou o líder da UNITA.
Isaías Samakuva exortou a todos na CNE para que “façam a sua parte para que consigamos ter um processo eleitoral e nos parâmetros estabelecidos pela constituição”.