O ex-líder da Catalunha, Carles Puigdemont, e mais quatro partidários se entregaram neste domingo à polícia belga, informou a Procuradoria de Bruxelas, após a emissão de mandados de prisão por parte da Espanha.
Puigdemont viajou para a Bélgica pouco após Madrid tomar o controlo do governo regional da Catalunha.
Ele é acusado de diversas acções ligadas ao movimento pró-secessão, incluindo rebelião, sedição, uso indevido de recursos públicos, desobediência e violação de confiança em relação à campanha separatista.
O ex-líder da Catalunha se apresentou à polícia numa altura em que são divulgadas duas pesquisas sugerindo que os partidos pró-independência devem juntos conquistar a maior parte dos assentos nas eleições regionais de dezembro, embora possam obter menos que a maioria necessária para ressuscitar a campanha separatista.
Partidos a favor de que a Catalunha continue sendo parte da Espanha devem dividir assentos, reunindo cerca de 54 por cento dos votos, apontas as pesquisas citadas pela agência Reuters.
O primeiro-ministro espanhol, Mariano Rajoy, convocou para 21 de dezembro as eleições depois de demitir o governo anterior e decretar a administração directa sobre a região autônoma, reagindo à declaração unilateral de independência por parte de parlamentares catalães, no dia 27 de outubro.
Os esforços para reconhecimento da independência da Catalunha conduziram a Espanha para a pior crise política desde o retorno à democracia quatro décadas atrás, com o sentimento pró-secessão na região fomentando o nacionalismo em todo o país.