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Autoridades da Huíla reconhecem dificuldades para reabertura das aulas


Liceu em Caconda
Liceu em Caconda

As autoridades angolanas apontam para o próximo dia 5 de uutubro a retoma gradual das aulas nos seus diferentes subsistemas de ensino, mas a escassos dias da data prevista o Gabinete de Educação na Huíla admitiu dificuldades na criação de condições para a reabertura das escolas.

Huíla prepara regresso às aulas - 2:09
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A gestora do setor na região, Paula Joaquim, diz que se está a fazer o possível para garantir o retorno às aulas em segurança.

“Estamos a fazer a distribuição de material de biossegurança às escolas da província um trabalho conjunto com o governo provincial e as administrações municipais e então podemos dizer que as escolas têm as mínimas condições para o reinício das aulas previsto para dia 5 de Outubro”, afirmou a responsável.

De passagem pela Huíla, a ministra da Educação, Luísa Grilo, reconheceu que apesar de existir uma data indicativa a retoma da atividade letiva está dependente do parecer da comissão multissectorial de combate à covid-19, mas alertou paraa necessidade de o país conviver com o “novo normal”.

“É verdade que é um novo normal, mas temos que nos habituar que ele (covid-19) está aqui para ficar, não sabemos por quanto tempo e portanto não vamos parar porque parar é morrer e nós não podemos morrer todos”, acrescentou a ministro.

Por seu lado, depois de um périplo pelos municípios e perante o aumento diário de casos no país, o secretário provincial do Sindicato dos Professores (Sinprof) na Huíla, João Francisco, questiona a consistência das condições que se anunciam.

“Temos condições criadas para o primeiro dia ou temos condições criadas para a manutenção ao longo dos dias de aulas? Esta é a grande questão”, disse, afirmando que “o que existe nas escolas são esses baldinhos e para escolas do ensino primário, que constituem a maioria, não existe absolutamente nada”.

“Nós conhecemos onde é que estão localizadas as nossas escolas do ensino primário: umas funcionam outras em escolas de pau-a-pique, adobes e outras em construção definitiva, mas que nunca teve nenhum serviço de água”, concluiu o sindicalista.

Denúncias semelhantes têm sido feitas também por pais noutras províncias do país.

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