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Aung San Suu Kyi perde título da Amnistia Internacional por trair valores


Aung san suu kyi
Aung san suu kyi

A líder do Myanmar tem sido incapaz de travar as atrocidades perpetradas pelos militares contra os da minoria Rohingya no Estado de Rakhine, diz a Aministia.

A Amnistia Internacional retirou, nesta segunda-feira, o título de Embaixadora da Consciência, à líder de Myanmar, Aung San Suu Kyi, por não ter se pronunciado contra ou travado as atrocidades contra a população muçulmana rohingya doseu país.

Esta organização de defesa dos direitos humanos diz que o seu secretário-geral, Kumi Naidoo, informou, no domingo, "com grande tristeza" que ia retirar o prémio, atribuído em 2009.

Naidoo escreveu para ela a informar que "como Embaixadora da Consciência da Amnistia Internacional, a nossa expectativa era que continuasse a utilizar a sua autoridade moral para falar contra a injustiça sempre que se deparasse com ela”, incluindo no Myanmar.

Entre 1989-2010, o governo liderado por militares de Mianmar repetidamente confinou Aung San Suu Kyi à prisão domiciliária por liderar a oposição política e ser activista pró-democracia. Durante esse período, governos ocidentais e grupos de direitos humanos, incluindo a Amnistia, defenderam continuamente a sua libertação.

Durante a sua detenção, recebeu o Prémio Nobel da Paz, em 1991.

Em 2009, a Amnistia atribuiu a sua mais alta distinção, Embaixadora da Consciência. O mesmo titulo foi atribuído ao sul-africano Nelson Mandela, a paquistanesa Malala Yousafzai, e ao chinês Ai Weiwei.

Mas desde que se tornou líder civil de facto do país, em abril de 2016, Aung San Suu Kyi e sua administração não conseguiram condenar ou tentar impedir as atrocidades perpetradas pelos militares contra os da minoria Rohingya no Estado de Rakhine.

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