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85ª Academia de Oscares tem lugar este Domingo


Preparativos para a 85ª Academia de Oscares tiveram o início há várias semanas
Preparativos para a 85ª Academia de Oscares tiveram o início há várias semanas

Melhor Música Original é uma das categorias que este ano vai dar muito que pensar e... escolher.

Os compositores das bandas sonoras de filmes podem até não fazer parte da lista A de celebridades como actores e realizadores, mas os seus trabalhos são cruciais para o sucesso dos filmes. Este é um facto reconhecido pela Academia dos Óscar na sua categoria de Melhor Música Original.

Para este ano alguns filmes já estão conotados como vencedores desta categoria, com destaque a Lincoln, Argo, Skyfall, Anna Karenina e Life of Pi...

A música dos filmes também nasceu há muitos anos, ou seja, surge desde os primeiros anos da invenção do cinema, quando tudo era ainda uma forma de contar a história.

Daniel Carlin dirige o departamento de Cinema e Televisão na Thornton School of Music na Universidade da Carolina do Sul. Para ele os concorrentes para o prémio de Melhor Música Original, são ilustres pelas suas sofisticações e diversidade cultural.

“As influências culturais vão desde Índia a Turquia ao Irão e ao oriente, e a seguir regressa a Rússia no século XIX. Todas essas músicas são dignas de sucesso e de consideração merecida.”

Vejamos como o exemplo a banda sonora do filme Life o Pi, que retrata a vida de um jovem indiano e um tigre a deriva no oceano, realizado por Ang Lee.
Daniel Carlin admira os instrumentos musicais da Asia do Sul que o veterano compositor Mychael Danna trouxe para o projecto.

“Eu também apreciei a forma como ele incorpora a harmonia dos instrumentos musicais indianos num modelo mais tradicional de banda sonora do filme. Nós ficamos com a sensação da India, ao mesmo tempo que não abandonamos o conforto da nossa realidade, no que fiz respeito a maneira como sentimos a música americana num filme.”

Carlin diz que os temas orientais e ocidentais foram igualmente combinados no trabalho de Alexandre Desplat no filme Argo. A história baseia-se de um conto real e tem lugar no Irão durante a crise de reféns em 1979.

Uma combinação de géneros musicais foi também realizada no filme Skyfall, por Thomas Newman. Daneil Carlin diz que Newman combinou o tacto do mundo de alta tecnologia de James Bond com a personagem de Bond, que é mais melancólico em relação com aos anteriores filmes de James Bond.

“Penso que ele dá-nos em adição um sentimento humano do que aquele actor machista e cómico – o típico de James Bond.”

Newman foi proposto para o Óscar de Melhor Banda Sonora 11 vezes, apesar de já o ter ganho. Algumas pessoas dizem haver razão para que ganhe desta vez.
A música de Dario Marianelli no filme de Anna Karenina, baseado da obra-prima do russo Leo Tolstoy, foi também proposto para o prémio.

Na visão de Daniel Carlin, Marianelli geriu a combinação de diferentes tipos de músicas a mudança de acção em cada cenário.

“É quase coreográfico. E pode-se dizer que apesar dele ter ido além desta realidade. Marianelli é muito bom nisso, e realmente aprecio esse profissionalismo e cuidado.”

O compositor John Williams foi proposto pela 48ª vez para o Oscar através do filme Lincoln. A banda sonora de Williams realça as melodias das músicas sacras e folclores americanos do século XIX.

Uma banda sonora do filme não deve nuca competir com o argumento. Daneil Carlin adianta que isso colocou um desafio a Williams porque Lincoln é enfadonho em diálogo.

“O compositor adepto - e John certamente que é – apoia o drama e a emoção mas como usar os instrumentos correctos e os arranjos sonoros, se não competes ao mesmo nível de frequência como num diálogo. Isso é muito astucioso e ele é muito bom nisso. Pela sua estatura e a banda sonora é magnífica, John está provavelmente entre os favoritos.”

A Academia dos Oscares é já no Domingo 24. Para saber mais sobre aquele que vai ganhar o prémio de Melhor Música ou Banda Sonora, basta apenas esperar pelo… “se faz favor, o envelope”.
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