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China diz que Chen Guangcheng pode candidatar-se a emigração


Activista chinês Chen Guangcheng num hospital de Pequim na companhia de sua família e sob o olhar responsáveis do Departamento do Estado norte-americano
Activista chinês Chen Guangcheng num hospital de Pequim na companhia de sua família e sob o olhar responsáveis do Departamento do Estado norte-americano

Governo chinês desdramatiza os receios em torno do activista que se refugiou na embaixada americana dizendo que ele é livre de ir para onde quiser

China reage ao Caso Guangcheng

As autoridades chinesas disseram que advogado cego e activista político Chen Guangcheng está livre de solicitar autorização de viagem para onde quer que seja no estrangeiro.

O ainda efervescente caso do dissidente que abandonou no início desta semana as instalações da embaixada americana em Pequim, tem ensombrado as conversações anuais dos governantes americanos e chineses.

O porta-voz do ministério dos negócios estrangeiros chinês, Liu Weimin no seu comentário esta Sexta-feira, demonstrou uma certa condescendência na posição do governo chinês em relação ao caso de Chen Guangcheng.

Liu disse que se Chen quiser ir estudar ao estrangeiro, deve apresentar uma solicitação submetendo-se aos procedimentos e através dos mesmos canais como um outro cidadão chinês qualquer.

Na resposta a questão se a China recebeu uma desculpa ou se a tinha exigida aos Estados Unidos, Liu disse que Pequim notou que Washington recebe as suas preocupações e exigências de forma séria.

Chen Guangcheng encontra-se actualmente sob os cuidados médicos num hospital de Pequim onde está a ser tratado a uma lesão na perna. No mês passado ele protagonizou uma ousada fuga a partir da sua altamente vigiada residência, onde estava em prisão domiciliária na província de Shandong, tendo mais tarde na semana passada surpreendido a tudo e todos aparecendo na embaixada americana.

Chen viria a abandonar as instalações diplomáticas americanas na Quarta-feira, um dia antes das conversações de alto nével sino-americanas, sob uma escolta que o conduziu a um hospital local. Inicialmente quis continuar a viver na China, mas mais tarde disse aos apoiantes e jornalistas estrangeiros que mudou de ideia e que pretende viajar para o exterior.

Numa conversa telefónica com uma comissão de auscultação do Congresso americano em Washington ontem, Chen Guangcheng sublinhou que a sua intenção de partir para o estrangeiro era para “se descansar”.

Chen tem 40 anos de idade e é um advogado cego autodidacta. Ele denunciou os casos de abortos forçados e de esterilizações levadas a cabo pelas autoridades do planeamento familiar chinês, e por causa disso cumpriu quatro anos de cadeia.

Desde a sua libertação em 2010, tem sido vigiado e molestado assim como membros da sua família por agentes de segurança que vigiam noite e dia a sua residência numa das zonas rurais da província de Shandong.

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