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Costa do Marfim: Presidente russo acusa ONU de tomar partido no conflito


Costa do Marfim: Presidente russo acusa ONU de tomar partido no conflito
Costa do Marfim: Presidente russo acusa ONU de tomar partido no conflito

Dimitry Medvedev considera que a ONUCI execedeu o mandato ao atacar em conjunto com as tropas francesas o campo de Gbagbo

O presidente russo acusou os capacetes azuis das Nações Unidas de terem tomado partido no conflito da Costa do Marfim.

Dimitry Medvedev disse que as forcas da ONU ultrapassaram os limites do seu mandato e apoiaram uma das partes, num acto que qualificou de “tendência muito perigosa”.

O presidente russo que falava a margem de uma conferência económica na China, disse que a Rússia tem “sérias questões a colocar a liderança das Nações Unidas”.

Helicópteros franceses e da força das Nações Unidas dispararam contra campos militares e residência do auto-proclamado presidente costa-marfinense Laurent Gbagbo. Gbagbo tentava conservar o poder desafiando as forças leais ao presidente eleito Alassane Ouattara.

Os Secretário-geral das Nações Unidas disse que os ataques estavam em conformidade com uma recente resolução da ONU sobre a Costa do Marfim, e tinham como objectivo prevenir as forças de Gbagbo em atacar civis.

Os apoiantes de Laurent Gbagbo tinham contestado as declarações de Ban Ki-moon e acusaram as forças francesas de tentarem matar o presidente cessante.

Costa do Marfim: Presidente russo acusa ONU de tomar partido no conflito
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Enquanto isso, o Programa Alimentar das Nações Unidas – PAM – informou hoje que o seu armazém de Abidjan foi assaltado na semana passada. O PAM indica que foram roubados todos os stocks alimentares por um grupo armado de homens que acabaram depois por incendiar o armazém.

Desde então o PAM não dispõe de víveres para distribuir a milhares de carenciados na cidade.

Alain Cordell é director deste órgão das Nações Unidas na Costa do Marfim. Segundo ele o reabastecimento não é fácil de momento por causa do encerramento do porto e da insegurança que ainda ameaça o transporte por via terrestre.

“Podia ser possível trazer os víveres pela estrada, mas faze-lo a partir do Mali leva no mínimo duas semanas para ter os contractos, temos agora que recorrer aos transportes aéreos de forma a ganharmos o tempo.”

Alain Cordell disse que o PAM perdeu três toneladas de víveres no valor de cerca de 3 milhões de dólares. Uma quantidade suficiente para alimentar 140 mil pessoas durante um mês. O PAM espera assim receber por via aérea um mínimo de 1000 toneladas de cereais, para distribuir apenas na cidade de Abidjan.

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