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Cabora Bassa: Portugal pode ser passaporte para a China


Cabora Bassa: Portugal pode ser passaporte para a China
Cabora Bassa: Portugal pode ser passaporte para a China

Lisboa continua a deter 15% das acções da Hidroeléctrica de Cabora Bassa.

Moçambique e Portugal continuam à procura de solução para os chamados aspectos técnicos relacionados com o destino final dos 15% das acções portuguesas na barragem hidroeléctrica de Cabora Bassa.

Por outro lado, o governo de Maputo não confirmou nem desmentiu notícias de que a empresa chinesa,"China State Grid" , estaria prestes a tornar-se no maior accionista do grupo português Redes Energéticas Nacionais, REN, e, por essa via, vir eventualmente a deter uma participação na hidroeléctrica de Cabora Bassa.

No final do ano passado, o presidente Armando Guebuza esteve em Lisboa para fechar o assunto das acções de Portugal mas não conseguiu fazê-lo.

O chefe de estado moçambicano e o primeiro-ministro português, Pedro Passos Coelho, disseram que devido a aspectos técnicos não foi possível fechar o assunto, mas garantiram que há vontade política de ambos os lados para concluir o dossier sobre Cahora Bassa.

Na semana passada, a adida comercial de Moçambique em Lisboa, Filomena Malalane, disse estar optimista quanto ao desfecho do caso das acções portuguesas, mas a diplomata não adiantou datas.

Segundo Filomena Malalane existe entendimento político saudável que permite que os dirigentes dos dois países tomem decisão correcta em tempo oportuno.

Entretanto as autoridades moçambicanas ligadas ao sector da energia que lidam com o assunto Cabora Bassa não confirmaram nem desmentiram notícias de que a empresa chinesa “China State Grid” está melhor posicionada para accionista maioritária do grupo português Redes Energéticas Nacionais e por via desta comprar os 15%das acções que Portugal ainda detém em Cabora Bassa.

Para os moçambicanos, o mais importante neste momento é terminar as negociações sobre o preço da parte portuguesa.

O primeiro-ministro luso mandou uma carta ao presidente Guebuza na qual manifesta a intenção de Portugal de vender por 140 milhões de euros as suas acções, mas Moçambique já tinha adiantado que a fatia accionista portuguesa podia ser adquirida por apenas 117.5 milhões de euros.

Tendo em conta a crise financeira que Portugal enfrenta e os compromissos assumidos perante a troika, é pouco provável que haja grandes concessões em Lisboa sobre o assunto de Cabora Bassa.

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