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Arábia Saudita e aliados publicam lista de terroristas apoiados pelo Qatar


Secretário de Defesa americano Jim Morris com dirigentes do Qatar
Secretário de Defesa americano Jim Morris com dirigentes do Qatar

Lista tem 59 pessoas e 12 organizações

A Arábia Saudita e os seus aliados, que cortaram relações com o Qatar, publicaram nesta quinta-feira, 8, uma lista de pessoas e de organizações vinculadas a actividades que qualificam como terroristas apoiadas por Doha, qual refutou qualquer intervenção em sua política externa.

Um comunicado conjunto de Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos, Egipto e Bahrein, divulgou 59 pessoas e 12 organizações incluídas nesta lista negra "estão conectadas com o Qatar e respondem a uma agenda suspeita que põe em evidência a dualidade das políticas do Qatar".

O comunicado demonstra ainda que o Qatar "proclama, por um lado, combater o terrorismo e, por outro, financia, apoia e acoberta diferentes organizações terroristas".

A lista contém pelo menos dois nomes internacionalmente apontados como apoiantes financeiros do terrorismo e contra os quais - segundo o último informe do Departamento de Estado americano - o Qatar já actuou.

Trata-se de Sad Al Kabi e Abd Al Latif Al Kawari, mencionados entre as dezenas de indivíduos e de entidades apontados pela Arábia Saudita e por seus três aliados.

"Os quatro países concordaram em apontar 59 pessoas e 12 entidades na sua lista de terrorismo" e, segundo o comunicado, prometem "não ser indulgentes na hora de perseguir" essas pessoas, ou grupos.

Qatar rejeita intervenção

Mais cedo, o ministro das Relações Exteriores do Qatar havia declarado à AFP que o seu país rejeitaria qualquer intervenção na sua política externa.

"Ninguém tem o direito de intervir na nossa política externa", declarou o xeque Mohammed ben Abderrahmane Al-Thani em entrevista à AFP em Doha.

Ele excluiu, no entanto, que a crise actual leve a um conflito armado.

"Uma solução militar não é uma opção", garantiu.

Na entrevista, o chefe da diplomacia do Qatar afirmou que o país conseguiria suportar "eternamente" o bloqueio imposto por Riad e por seus aliados.

Também declarou que o seu país respeita os seus compromissos internacionais e não suspenderá as entregas de gás aos Emiratos Árabes Unidos.

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