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Angola e Portugal criam Observatório de Investimentos


Objectivo é incentivar investimentos mútuos

Os governos de Angola e Portugal criaram terça-feira, em Luanda, o Observatório dos Investimentos nos dois países.

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O observatório reuniu já o seu primeiro Fórum Empresarial definido como uma plataforma para "acompanhar os processos de análise de investimento, identificar obstáculos e seleccionar vias ou instrumentos para ultrapassar os constrangimentos".

As autoridades angolanas dizem tratar-se de uma iniciativa para "promover as oportunidades de investimentos num e noutro país", mas o analista e docente da Universidade Católica de Angola Nelson Pestana Bonavena considera que os negócios com Portugal têm sido concentrados nos círculos do poder no país.

Nelson Pestana entende que o Observatório ora criado pode funcionar como um lobby para abrir novas linhas de crédito nos respectivos países e defende reciprocidade de vantagens nos negócios entre os empresários de Angola e Portugal.

O certame previa reunir cerca de 400 empresários dos dois países para discutir investimentos comuns em Angola e Portugal.

Informações disponíveis apontam para mais de 9 mil empresas portuguesas que exportam actualmente para Angola, enquanto que cerca de 2 mil angolanas são participadas por capital Português.

Segundo dados do Instituto Nacional de Estatística (INE) angolano, Portugal foi destronado no primeiro trimestre deste ano da liderança dos fornecedores de Angola pela China e pela Coreia do Sul.

Após vários anos a liderar, Portugal figurou entre Janeiro e Março no terceiro lugar das origens das importações por Angola, com uma quota de 10,9% e 70.033 milhões de kwanzas de produtos vendidos, traduzindo-se numa quebra de 2,1%.

O Ministro português da Economia, António Pires de Lima, anunciou que o governo de Lisboa lançou, em Abril transacto, uma linha de crédito, de 500 milhões de Euros, que poderá ser renovada ou ampliada para as pequenas e médias empresas que, eventualmente, tenham dificuldades em fazer as suas transferências para Portugal.

“Esta linha já está operacional e mais de 300 empresas estão a recorrer a essa linha”, assegurou.

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