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Angola: Desacordos quanto à capacidade do estado organizar autárquicas


Se há um acordo quanto à necessidade de eleições autárquicas continua a haver desacordos quanto á capacitação do estado as realizar.

Isto ficou evidente em mais uma sessão de “Quintas dos Debates” em Angola realizada em Benguela sobre o tema “Autarquias Locais e Participação da Juventude”.

Segundo João da Silva um dos participantes a materialização das autarquias em Angola só teria efeitos positivos se a votação for efectivada com um processo claro e justo.

“É necessário que haja eleições autárquicas em Angola” disse, mas acrescentando que estas têm que ser realizadas de forma “imparcial e que os órgãos de Comunicação Social dêem o mesmo espaço aos participantes”.

Para José Ramo, estudante de direito e também participante, as autarquias em Angola são necessárias mas disse ter dúvidas quanto á capacidade de elas se poderem realizar em alguns municípios onde não existem quadros para o assentamento das autarquias.

“É necessário que as pessoas se formem e que se realizem, mas ainda não há grande evidência para o efeito pelo facto de não haver ainda muitos quadros em vários municípios” disse.

O governo angolano tem ele próprio afirmado que podem não existir condições para a realização das autárquicas mas a oposição afirma que o governo receia na verdade perder o controlo de várias cidades e procura desculpas para não realizar as eleições.

Já Mfuka Muzemba, Deputado a Assembleia Nacional e prelector desta Semana no espaço de debate, as autarquias são modelos mais adequados de governação local para atender aos problemas por que passam as populações.

Para ele as eleições autárquicas são uma oportunidade para a juventude se fazer ouvir.

“Eu penso que é chegado a hora da juventude exigir a realização das autarquias porque são elas que facilitam a resolução dos problemas das populações e aproxima os governados aos governantes” frisou.
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