A Alemanha comemorou neste sábado o 30º aniversário da queda do Muro de Berlim, que dividiu a Alemanha Oriental e Ocidental. O Presidente Frank-Walter Steinmeier agradeceu aos vizinhos do Leste Europeu por estimularem a revolução pacífica.
A queda do muro, que separou o Oriente governado pelos comunistas do Ocidente capitalista em Berlim por quase três décadas e se tornou um símbolo poderoso da Guerra Fria, foi seguida um ano depois pela reunificação da Alemanha em 1990.
"Juntamente com nossos amigos, lembramos com profunda gratidão os eventos de 30 anos atrás", disse Steinmeier durante uma cerimónia no Bernauer Strasse Berlin Wall Memorial, que também contou com a chanceler Angela Merkel e chefes de Estado da Polónia, Hungria, Eslováquia e República Checa.
"Sem a coragem e a vontade de liberdade dos polacos e húngaros, checos e eslovacos, as revoluções pacíficas na Europa Oriental e a reunificação da Alemanha não seriam possíveis", disse Steinmeier.
Durante a cerimónia, Steinmeier e os presidentes das quatro nações da Europa Oriental colocaram rosas numa pequena brecha nos restos do muro no memorial.
Em Agosto de 1989, os guardas de fronteira húngaros pela primeira vez permitiram que pessoas da Alemanha Oriental atravessassem livremente a Áustria, abrindo caminho para a queda do Muro de Berlim três meses depois e com ele o fim da Cortina de Ferro.
Steinmeier disse, no entanto, que o evento histórico não marcou o "fim da história", como declarou o historiador americano Francis Fukuyama. A luta dos sistemas políticos continua e o futuro é mais incerto do que nunca, acrescentou.
"A democracia liberal está a ser desafiada e questionada", disse Steinmeier, pedindo à Alemanha e aos seus aliados europeus que continuem a lutar por uma Europa pacífica e unida.