O presidente Ashraf Ghani disse aos afegãos numa mensagem gravada, neste sábado, 14, que pretendia travar a "guerra imposta" e garantir que as forças de segurança estivessem à altura da tarefa numa altura em que o Talibã parece estar a aproximar-se da capital, Cabul.
“No cenário actual, a nossa maior prioridade é revitalizar as Forças de Segurança e Defesa do Afeganistão”, disse Ghani numa mensagem de dois minutos e meio, que foi partilhada em contas oficiais das redes sociais do governo e transmitida na TV pública afegã, na tarde de sábado.
A mensagem anulou os rumores generalizados em Cabul de que Ghani renunciar e permitir que o Talibã entrasse em Cabul em troca do anúncio de um cessar-fogo pelo grupo militante.
No entanto, Ghani disse que continuou consultas com figuras importantes no Afeganistão e internacionalmente e que partilhará os resultados com o público em breve.
A mensagem de Ghani veio num momento em que o Talibã invadiu 19 das 34 capitais de províncias do país e ataca Maidan Shahr, conhecida como a porta de entrada para Cabul. A capital da província de Maidan Wardak fica a apenas 40 quilômetros da capital afegã.
Os avanços do Talibã em todo o país preocuparam a comunidade internacional, cujos membros pareciam estar fa fazer planos de contingência para as suas embaixadas em Cabul.
Tanto os Estados Unidos como o Reino Unido pediram aos seus cidadãos que saíssem do Afeganistão em voos comerciais, dizendo que não tinham meios para prestar muita assistência em caso de emergência.
Os EUA estão a enviar 3.000 soldados para ajudar a evacuar a maior parte do pessoal da embaixada para outros países, embora esta permaneça aberta com uma equipa reduzida.