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Acusados de desvio de verbas do programa da malária em Angola em tribunal


O valor desviado chega a 2,5 milhões de dólares

O Tribunal Provincial de Luanda iniciou nesta segunda-feira, 13, o julgamento de três antigos funcionários do Ministério da Saúde de Angola, acusados de crime de peculato.

Sónia Neves, na altura directora administrativa e financeira da Unidade Técnica de Gestão do Fundo Global, apontada como sendo a principal ré, Mauro Filipe Gomes Gonçalves e Nilton Saraiva ouviram a leitura da acusação de desvio de 400 milhões de kwanzas (2,5 milhões de dólares ao câmbio de hoje), do Programa de Programa de Combate à Malária, em 2013.

Frente às acusações feitas pelo Ministério Público, Neves disse que foram disponibilizados pelo fundo aproximadamente seis milhões de dólares, cujo destino era a aquisição de material publicitário no âmbito de uma campanha nacional de combate à malária.

A ré confirmou a transferência de verbas par a sua conta pessoal, bem como para a NC&NN, empresa supostamente pertencente Nilton Saraiva.

Sónia Neves também é acusada de se ter apropriado de alegadamente de 125 milhões de kwanzas (700 mil euros, no câmbio de hoje), verba transferida para o suposto financiamento de serviços de saúde.

A pedido do seu advogado, Neves garantiu que as contas em nome do Mistério da Saúde tinha como gestores o então ministro da Saúde, José Van-Dúnem, o secretário-geral do Ministério da Saúde, Caetano da Silva, o director do Gabinete de Estudos e Planeamentos (GEP) do Ministério, Daniel António, e a coordenadora da Unidade Técnica de Gestão do Fundo Global, Fátima Saiundo.

O julgamento será retomado no dia 20 com a audição dos réus e declarantes.

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