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Académicos angolanos congratulam-se com eleição de dirigentes universitários


Universidade Mandume Ya Ndemufayo, Huíla
Universidade Mandume Ya Ndemufayo, Huíla

Presidente angolano decidiu que eleições regressem a partir de 2019

Académicos angolanos receberam de bom grado a recente decisão do Presidente da República de retomar as eleições nas universidades públicas traz de volta a gestão democrática às instituições e visa a responsabilização dos eleitos.

Dirigentes das universidades estatais angolanas vão ser eleitos - 2:53
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Os docentes ao serviço da Universidade Agostinho Neto chamam, entretanto, a atenção para a necessidade de a escolha dos candidatos ser baseada na capacidade técnica e profissional e não na filiação partidária.

O presidente do Sindicato dos Professores do Ensino Superior, Carlinhos Zassala, afirma que a decisão vem satisfazer os anseios da classe e sugere que o próximo ano académico inicie já com novos gestores eleitos.

O professor João Lukombo Zatuzola acredita, por seu lado, que com esta decisão foi “reconquistado o direito dos académicos”.

Para o professor Sanda Wa Ma Makumbu, a retomada das eleições nas universidades vai acabar com a impunidade, o amiguismo e a falta de prestação de contas.

O Presidente da República, João Lourenço, recomendou a realização de eleições em todas as universidades públicas e suas unidades orgânicas.

Trata-se de uma prática que já não se observava desde que, a partir de 2010, passou a ser o Presidente da República a nomear, por decreto,os gestores das universidadesdo Estado.

O Presidente angolano orientou a ministra do Ensino Superior, Ciência, Tecnologia e Inovação a criar as condições para que, a partir do ano lectivo de 2019, sejam retomados os processos eleitorais nessas instituições.

De acordo uma nota da Casa Civil da Presidência da República, o Chefe de Estado considera "importante para a vida académica que se retomem os processos de eleição de modo a compaginar as instituições do ensino superior público com os princípios democráticos que devem caracterizá-las”.

O último reitor de universidade eleito democraticamente foi o professor João Sebastião Teta, que dirigiu a Universidade Agostinho Neto (UAN) de 2009 a 2010, até ser nomeado secretário de Estado da Ciência e Tecnologia, interrompendo o seu mandato de quatro anos.

O país conta agora com seis novas universidades públicas, designadamente, a Universidade 11 de Novembro, com sede em Cabinda, a José Eduardo dos Santos, no Huambo, a Mandume Ya Ndemofayo, na Huíla, a Kimpa Vita, no Uíje, a Lueji ya Ankonde, na Lunda-Norte, e a Katiavala Buila, em Benguela .

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