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Absolvição de jornalistas angolano: entre a esperança e o cepticismo


Rafael Marques e Mariano Brás no Tribunal de Luanda
Rafael Marques e Mariano Brás no Tribunal de Luanda

Analistas abordam decisão do tribunal de não condenar Rafael Marques e Mariano Brás dos crimes de difamação e injúria conta antigo PGR

A absolvição dos jornalistas Rafael Marques e Mariano Brás pelo Tribunal Provincial de Luanda dos crimes de difamação e injúria contra a figura do antigo Procurador-Geral da República (PGR) continua a provocar reacções.

Há quem fale em pedrada no charco há justiça angolano e há quem diz esperar para ver.

Juristas reagem a absolvição de jornalistas - 3:13
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O jurista e responsável da organização “Mãos Livres”, Salvador Freire, considera que a decisão da juíza Josina Falcão da passada sexta.feira, 6, pode ser uma “pedrada no charco” e desafia a justiça angolana a ser independente de outros poderes.

Freire diz ainda que o Ministério Público tem agora a oportunidade de investigar todos os outros casos de corrupção a levar os seus responsáveis aos tribunais.

Entretanto, o também jurista Albano Pedro é de opinião que é muito cedo para se aferir que a absolvição dos dois jornalistas é já um sinal da independência dos tribunais, uma vez que envolve uma figura que já cessou as suas funções.

O jurista também defende que o grande desafio do Ministério Público será o de levar o general João Maria de Sousa ao tribunal com base nas denúncias feitas.

Por seu lado, o jornalista Alaxandre Solombe considera que a decisão do Tribunal Provincial de Luanda não é razão suficiente para se concluir que a justiça angolana mudou.

Aqueles jornalistas foram ao tribunal depois de um texto publicado por Rafael Marques que denunciava um acto de corrupção do antigo PGR num negócio na província de Kwanza Sul e que foi publicado também pelo jornal O Crime, cujo director é Mariano Brás.

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