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Uma Nova Vacina Anti Malária


A promessa de uma nova vacina anti malária no estágio final de testes, coloca os pesquisadores mundiais optimistas de que estejam a realizar progressos no sentido de por fim a uma doença mortal.

Todavia a doença e os esforços de encontrar uma cura tem o seu preço.

A África perde anualmente cerca de um por cento do produto doméstico bruto para a malária. O continente conhece igualmente por ano quase um milhão de mortes atribuídas à doença transmitida pelo mosquito, a maioria das quais crianças com menos de cinco anos. Devido a isto, os pesquisadores tem trabalhado para desenvolver uma vacina especificamente para uso contra a estirpe africana do vírus.

Os pesquisadores que tem estado a trabalhar na vacina, denominada de RTS-S, anunciaram no inicio deste mês que o medicamento será o primeiro do género a entrar na terceira fase de testes, a ultima etapa de experiencias clínicas que uma vacina deve passar antes que possa ser usada na população em geral. Alguns especialistas consideram que esta fase deveria ter sido iniciada mais cedo.

O correspondente da Voz da América Nico Colombant ele próprio um sobrevivente da malária considera que o vírus não tem recebido a pesquisa que merece devido às zonas que afecta.

´A malária é claramente uma doença que existe nos países mais pobres, por isso não existe o incentivo para as empresas farmacêuticas de obterem uma droga que seja eficaz devido à margem de lucro ser mais baixa´.

O clínico da Organização Mundial de Saúde Vasee Moorthy está de acordo, acentuando que a maioria do financiamento de pesquisa para a vacina é proveniente de doadores internacionais e de organizações sem fins lucrativos.

Moorthy acrescenta que a RTS-S tem demonstrado ser eficaz na prevenção da doença numa percentagem sem precedentes, que a imunização será apenas uma parte do esforço para eliminar da doença.

´A vacina, será como um elemento num programa coordenado de controlo da malária, e competirá aos países determinar como uma nova vacina vai ser integrada nas medidas de controlo da malária que vão continuar a ter um papel vital´.

Embora existam algumas medidas preventivas, muitas famílias tem dificuldade em pagar por elas, sendo por isso que o especialista Moorthy sustenta que o êxito de uma futura vacina dependerá do seu custo.

´A cobertura das nações onde a malária é endémica não será significativa se os pais de uma criança tenham de fazer uma contribuição significativa para o custo da vacina´.

Os resultados do estudo em curso indicam que a vacina impede uma crise e a morte de pelo menos cinquenta por cento dos participantes, ainda que se desconheçam a duração dos efeitos positivos.

A terceira fase dos testes da vacina da malária está a decorrer em onze locais diferentes de sete nações africanas, e se for aprovada poderá vir a estar no mercado no ano de 2012.

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