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Senado rejeita proposta de Obama para criação de empregos


A polícia intervém para conter manifestantes
A polícia intervém para conter manifestantes

O plano não contou com qualquer apoio por parte dos republicanos e encontrou mesmo a oposição de três senadores democratas

Manifestações e desemprego

O Senado americano rejeitou o plano do presidente Barack Obama para reactivar a criação de emprego através da combinação de incentivos fiscais e de programas de serviço público.

Numa votação inicial, o plano não contou com qualquer apoio por parte dos republicanos e encontrou mesmo a oposição de três senadores democratas, membros o partido do presidente.

Durante semanas, o presidente Obama viajou por todo o país, exortando o Congresso a assumir uma posição relativamente à sua proposta para a criação de novos postos de trabalho, numa altura em que a taxa de desemprego, nos EUA, está acima dos nove por cento.

O Senado chumbou, na terça-feira à noite, a proposta de Obama por 50 votos contra e 49 a favor, quando necessitava de um mínimo de 60 para ser aprovada. A proposta que iria custar perto de 447 mil milhões de dólares, concedendo benefícios fiscais às empresas que contrastassem novos empregados, para além de cortes temporários para a Segurança Social, do financiamento para a construção de estradas, de renovação de edifícios escolares e de outros projectos de obras públicas.

O chefe de fila dos republicanos no Senado, Mitch McConnell, qualificou a proposta de Obama como uma extensão do falhado programa do presidente para reactivar a economia.

Harry Reid, o líder dos democratas no Senado, acusou os republicanos de estarem a bloquear o progresso económico com o objectivo de enfraquecerem as possibilidades de Obama ser reeleito no próximo ano.

O presidente Obama, depois de conhecido o resultado da votação, divulgou um comunicado comentando que o povo americano não irá aceitar o “não” do Senado quando se trata da criação de empregos.

Entretanto, prosseguem em Nova Iorque, Boston, Chicago e na capital americana manifestações de protesto contra o grande capital, contra os grandes bancos, que foram ajudados a sair da crise com dinheiro dos contribuintes e que são agora acusados de nada fazer para ajudar a economia sair da crise.

“Ocupem Wall Street”, “Ocupem Chicago”, “Ocupem Washington” são uma série de manifestações de base que estão a ramificar-se por toda a América. Amisha Patel é directora executivo daquele movimento em Chicago.Diz ela: “Durante muitos meses tem havido muitas organizações nesta cidade que se uniram para debaterem como assumir Chicago, debatendo a questão da habitação, das escolas, do emprego, questões com que os nossos membros e a nossa comunidade se confrontam numa base diária”.

Em Chicago, uma das manifestações reuniu centenas de pessoas em frente à sede da Associação dos Agentes Imobiliários para mostrar o seu profundo desagrado pelos despejos de famílias e pela política de empréstimos.

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