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Mali: EUA e europeus querem desalojar extremistas


Os Estados Unidos e vários países europeus estão a considerar medidas de auxílio militar para recuperar o controlo do norte do Mali.

Os Estados Unidos e vários países europeus estão a considerar medidas de auxílio militar para recuperar o controlo do norte do Mali.

A estratégia dos Estados Unidos para desalojar os militantes islâmicos do norte do Mali tem vindo a passar pelo apoio aos parceiros regionais de modo a recuperarem o território sem a necessidade do envio de tropas americanas para a região
.
Esta semana foi anunciado que a França tinha enviado para a zona aviões de reconhecimento não-tripulados à semelhança daquilo que os Estados Unidos têm vindo a fazer há vários meses.

Os seus alvos são elementos do grupo al Kaida no Magrebe Islâmico que ocupou grande parte do norte do Mali desencadeando uma vaga de violência que os Estados Unidos temem possa vir a alastrar a outros países.

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Thomas Dempsey é um analista do centro de estudos africanos do departamento da defesa americano. Segundo ele a violência na região deriva parcialmente dos confrontos do início do ano na Líbia: “Verificou-se uma série de rebeliões no norte do país devido em parte ao facto de antigos combatentes afectos ao ex-presidente líbio Moammar Gadhafi terem entrado no Mali trazendo com eles muito armamento”.

Complicando ainda mais a situação, a crise humanitária a que se assiste no norte do Mali depois de uma prolongada seca e também a agitação política na capital, Bamako.
O frágil governo central maliano está sob o controlo de um grupo de jovens oficiais que lideraram um golpe de estado em Março passado que fez com que os Estados Unidos suspendessem a cooperação militar.

Dempsey acredita que o melhor que se pode fazer para já é mandar os aviões de reconhecimento não-tripulados para a região e partilhar os dados recolhidos com aliados no terreno: “É uma zona de África extremamente remota com péssimas infra-estruturas e péssimas redes de estradas. Saber o que se passa no terreno é muito difícil e os aviões teleguiados podem ser de grande utilidade.”

Tanto os Estados Unidos como os seus aliados internacionais têm afirmado que se houver uma intervenção militar internacional no Mali a mesma deverá ser levada a cabo por tropas de outros países africanos.

A Grã-Bretanha decidiu entretanto apoiar uma força africana com o objectivo de reconquistar o norte do Mali, anunciou o enviado especial do governo britânico para a região do Sahel, Stephen O´Brien.

A Grã-Bretanha estaria assim a encarar a hipótese de treinar essa força de cerca de 6 mil homens, metade provenientes do exército maliano e a outra metade de vários países africanos.
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