O presidente Volodymyr Zelensky emitiu um novo apelo, na quarta-feira (22 de maio) para sistemas de defesa atualizados para proteger as cidades da Ucrânia contra bombas guiadas, que ele descreveu como o “principal instrumento” agora usado por Moscovo nos seus ataques.
Zelensky há muito que defende a melhoria das defesas aéreas à medida que a Rússia intensifica os seus ataques à energia e outras infra-estruturas. A Rússia afirma que não visa deliberadamente locais civis, mas milhares de pessoas foram mortas e feridas desde a invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022.
No seu discurso noturno feito através de um vídeo, Zelensky disse que a Ucrânia fez progressos no desenvolvimento de armamento eletrónico, mas “ainda há muito trabalho para combater as bombas russas”.
Veja Também Zelensky pede entrega rápida de armas após aprovação de ajuda pela Câmara dos Representantes dos EUANo início deste mês, Zelensky disse que a Rússia usou mais de 3.200 bombas guiadas contra alvos ucranianos ao longo de abril, juntamente com mais de 300 mísseis e cerca de 300 drones do tipo Shahed.
Veja Também Rússia emite mandado de captura contra presidente da UcrâniaA Rússia tem recorrido cada vez mais a estas bombas, que são dirigidas a um alvo através de um sistema de orientação, têm grande potencial destrutivo e representam poucos riscos para as tripulações aéreas que as lançam.
Moçambique na "cimeira da paz"
Nos seus comentários, Zelensky disse que mais quatro países – Albânia, Áustria, Chile e Moçambique – concordaram em participar numa “cimeira da paz” na Suíça, em Junho, com o objectivo de criar uma frente ampla para obrigar a Rússia a concordar com um acordo de paz, nos termos da Carta das Nações Unidas e que seja aceitável para Kiev.
O plano de paz de Zelensky prevê a retirada de todas as forças russas e a restauração das fronteiras da Ucrânia em 1991.
A Rússia, que rejeita o plano, não é convidada para a reunião de Junho e considera inútil qualquer discussão sobre o conflito sem a sua participação.