Raul Domingos: As eleições são o calcanhar de Aquiles do processo de democratização de Moçambique

Raul Domingos, líder do PDD de Moçambique

Raúl Domingos, chefe da delegação da Renamo, no decurso das negociações com o Governo de Moçambique, na capital italiana, Roma, indica como um dos principais ganhos dos moçambicanos nos 40 anos de independência a demonstração de maturidade suficiente para alcançar a paz, após um longo conflito armado que destruiu o país.

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Raul Domingos: As eleições são o calcanhar de Aquiles do processo de democratização de Moçambique

Domingos diz que as conversações de Roma, que culminaram com a assinatura do acordo geral de Paz, em 1992, tiveram o mérito de inculcar nos moçambicanos o espírito de diálogo permanente.

Contudo, contínua, “as eleições são o calcanhar de Aquiles do processo de democratização de Moçambique, porque não têm estado a reflectir a vontade do povo”.

Os órgãos eleitorais deverão investir “na transparência e imparcialidade,” apela Domingos, que depois de, no ano 2000, ter sido expulso da Renamo criou o PDD (partido para a paz e desenvolvimento).

Por seu turno, o jornalista Milton Machel, opina que em 40 anos de independência, Moçambique não conseguiu consolidar a unidade nacional e aponta o desenvolvimento económico inclusivo como um dos principais desafios do País.

Machel, formado em Ciências de Comunicação pela Universidade "A Politécnica", diz que a guerra civil, que dilacerou o País durante 16 anos, dificultou, sobremaneira, o processo de consolidação da nação moçambicana.