O comité Nobel anunciou nesta segunda-feira, 7, que o Prémio Nobel de Medicina de 2019 vai ser entregue aos cientistas William Kalein, Sir Peter Ratcliffe e Gregg Semenza pelas suas descobertas relativamente à forma como as "células pressentem e se adaptam ao oxigénio disponível".
O trabalho destes três investigadores revela os mecanismos moleculares que estão na base da forma como as células se adaptam às variações no fornecimento de oxigénio.
"Os três laureados expandiram o conhecimento de como a resposta fisiológica torna a vida possível", afirmou Randall Johnson, do comité do Nobel, acrescentando que "já houve a aplicação desses resultados no tratamento de anemia na China".
William G. Kaelin Jr, americano de 61 anos, é professor da Faculdade de Medicina Universidade de Harvard, nos Estados Unidos, enquanto o também americano Gregg Semenza, de 63 anos, é professor da Universidade Johns Hopkins.
O inglês Sir Peter J. Ratcliffe, de 65 anos, é director de pesquisa clínica no Instituto Francis Crick, em Londres.
Desde o início do século 20, já era sabido que a queda nos níveis de oxigénio levava a um aumento na produção de células vermelhas do sangue: quanto mais células vermelhas o corpo tem, mais oxigênio consegue obter.
A novidade da pesquisa dos cientistas, desenvolvida nos anos de 1990, foi entender como o oxigénio em si controlava esse processo de criar mais células vermelhas.