Cidade de Malanje fez 80 anos

Antigo Palácio da Justiça de Malanje (época colonial), actual comité provincial do MPLA

As comemorações, que decorrem sob o signo “Malanje, a esperança por um futuro melhor”

A 13 de Fevereiro, há oitenta anos atrás, a vila de Malanje foi elevada à categoria de cidade, resultante da entrega dos antigos habitantes que proporcionaram o seu desenvolvimento social, económico e cultural.

As comemorações, que decorrem sob o signo “Malanje, a esperança por um futuro melhor”, visam despertar no executivo de Boaventura da Silva Cardoso e dos munícipes a necessidade de imprimir mais acções conducentes às mudanças no modus vivendi da urbe.

Segundo Silva Cardoso, “nos domínios da energia e águas, das infra-estruturas, saneamento básico, da saúde, da educação, das estradas, confirmam o esforço patenteado pelo executivo local”.
O programa das festividades, que contempla mais de 60 por cento de actividades de natureza cultural e desportiva reservou, ontem, o lançamento de três obras literárias de autores nacionais, dos quais dois locais, na Faculdade de Medicina de Malanje da Universidade Lueji A´Nkonde.

O historiador Moisés Gaspar Kamabaya apresentou o seu livro “Contribuição da África para o Progresso da Humanidade”; João Tala, “Rosas e Munhungo”; e “Conversas de Homens no Conto Angolano”, uma colectânea antológica de escritores filiados na União dos Escritores Angolanos, referente ao período 1980 -2010, esta obra foi testemunhada por António Quino.

O director provincial da Educação, Gabriel Alexandre Boaventura, que apresentou autor de “Rosas e Munhungo”, afirmou que o gosto pela leitura é um dom, mas os ministérios da Educação e Cultura em Malanje deverão prover esse interesse nas escolas.

O professor João Manuel Bernardo foi um dos promotores do gosto da leitura nesta região.
Oitenta anos depois, os governantes e convidados, em Malanje, ainda não pautam pelo cumprimento de horários, com excepção do Canal Um da Televisão Pública de Angola, que emitiu pontualmente durante a festa os debates sobre a região. Os sistemas de saúde e ensino e a identidade cultural de Malanje dominaram as três edições do programa “Janela Aberta”.

Desfile de Moda Malanje, culto ecuménico e actividades músico-culturais em diferentes bairros e provas desportivas constituíram hoje o apogeu do octogésimo aniversário desta cidade.