Ucrânia e Rússia retomam negociações, mas Kremlin admite tomar grandes cidades

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Negociações entre Kyiv e Moscovo a 28 de Fevereiro, na Bielorrússia

Delegações da Ucrânia e da Rússia retomam negociações de paz nesta segunda-feira, 14, num novo esforço para acabar com a invasão russa, que entrou hoje no seu 19º. Dia.

A nova ronda de negociações acontece um dia depois de a Rússia ter lançado um ataque letal com mísseis de cruzeiro contra o Centro Internacional para Manutenção da Paz e Segurança, uma base militar no oeste da Ucrânia a apenas 25 quilómetros da Polónia, que deixou pelo menos 35 pessoas mortas e 134 feridas.

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O Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskyy, disse no domingo em discurso foi um "dia negro" para o país por causa do ataque e revelou que os seus esforços para marcar um encontro com o Presidente Vladimir Putin não teve sucesso, embora as delegações ucranianas e russas conversem todos os dias para fazer arranjos para corredores humanitários e acordos de cessar-fogo.

No terreno, hoje, o porta-voz do Presidente russo Dmitri Peskov disse que os seus militares admitem lançar ataques para assumir o controlo total das principais cidades ucranianas, algumas das quais já estão cercadas.

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Lviv entre os que fogem e os que precisam de ajuda

Peskov, citado pelas agências russa TASS e francesa AFP, acrescentou que, até agora, Putin tinha ordenado ao "Ministério da Defesa que não lançasse um ataque rápido aos grandes centros urbanos, incluindo Kyiv", para evitar pesadas baixas civis.

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