Coronavírus: Um morto nas Filipinas, economia chinesa começa a sofrer os efeitos da epidemia

Uma equipa médica no hospital da Cruz Vermelha de Wuhan, a cidade chinesa onde o primeiro caso do novo coronavírus foi detetado. 25 de janeiro 2020

A China aumentou neste domingo medidas para conter a epidemia de coronavírus e ancorar a economia atingida por restrições de viagens e encerramento de empresas, enquanto a primeira morte causada pela infecção foi registada fora do país.

Um cidadão chinês de 44 anos de idade da cidade de Wuhan, na província de Hubei, epicentro da epidemia, viajou para as Filipinas e morreu no sábado, informou o Departamento de Saúde das Filipinas.

O surto do novo coronavírus ainda é “grave e complicado” disse o vice-governador de Hubei, Xiao Juhua, em entrevista.

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Declarada emergência global devido ao coronavírus

Um total de 304 pessoas morreram vítimas do coronavírus na China, informou a Comissão Nacional de Saúde neste domingo. As infecções na China subiram para 14.380 (número actualizado no sábado), depois de registarem o maior aumento diário, disse a comissão.

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Outros 171 casos adicionais foram reportados em mais de 20 países e regiões, incluindo Estados Unidos, Japão, Tailândia, Hong Kong e Inglaterra. No Brasil, onde ainda não há registo de infecções confirmadas, os casos suspeitos subiram no sábado de 12 para 16.

A China está a enfrentar crescente isolamento, à medida que são adotadas restrições de viagens por outros países, companhias aéreas suspendem voos e governos retiram os seus cidadãos da nação asiática. O pânico arrisca gerar uma desaceleração ainda maior da segunda maior economia do mundo.

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O banco central da China afirmou que vai injetar 1,2 trilhão de iuans (173,8 mil milhões de dólares) em liquidez aos mercados na segunda-feira, uma medida para preparar o país para a reabertura das bolsas após o prolongado feriado do Ano Novo Lunar.

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