ASF: Anemia falciforme afecta cerca de 20% dos angolanos - anemia adquirida vem logo a seguir

Nádia Camate, especialista em medicina interna e emergência médica

O Angola Saúde em Foco desta semana debruçou-se na anemia - o que é, que tipos existem, quais as causas e sintomas, como tratar.

Para esclarecer as dúvidas dos internautas e ouvintes convidámos a dra. Nádia Camate, a nossa médica residente, que explica as diferentes anemias que existem:

- Adquiridas - que resultam de deficiência de nutrientes (falta de ferro, vitamina B12, ácido fólico...)

- Hereditárias e congénitas - que resultam da transmissão dos progenitores para filhos, em que a mais comum em África e em Angola, em específico, é a anemia falciforme. Na Europa e outros países ocidentais, a dra. Nádia refere que a Talassemia é a anemia mais comum.

- Anemias provocadas - resultantes de traumas como acidentes em que a solução é a transfusão de sangue; ou resultantes da menstruação (comum nas jovens adolescentes quando iniciam a menstruação).

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No que toca a sintomas, a dra. Nádia Camate chama a atenção para o cansaço inexplicável ao fazer actividades de rotina como estudar, subir escadas, barbear, etc.

Em Angola fala-se que 20% da população é afectada pela anemia falciforme, uma doença congénita, para a qual não há cura, apenas tratamento e que, até ao momento, não é subvencionado pelo Estado.

A segunda anemia mais comum em Angola é a adquirida por falta de ferro, resultante de uma alimentação deficiente: "As nossas crianças alimentam-se mal porque os pais não têm condições", explica a dra. Nádia Camate.

A nossa médica abordou também a importância de se tomar ácido fólico, quando se está a planear uma gravidez, para evitar doenças como espinha bífida e paralisia cerebral.

Confira a nossa conversa

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