Enviado americano deve regressar ao Sudão dentro de dias

Enviado especial americano, Princeton Lyman em consultas com o presidente Barack Obama

Administração americana quer salvar a independência do Sudão do Sul previsto para 9 de Julho

O enviado especial americano para o Sudão, Princeton Lyman regressa a região dentro de dias com vista a atenuar a violência que pode por em causa a independência do Sudão Sul previsto para 9 de Julho.

A administração americana pretende por outro lado que a China use da sua influência junto ao governo do Cartoum para acalmar a situação.

O anúncio do regresso do enviado especial americano ao Sudao previsto para finais deste mês, seguiu-se a um encontro desse responsável com o presidente Barack Obama e reflecte a profunda preocupação acerca das tensões entre o Norte e o Sul do Sudão.

As disputas em Abyei e Kordofan do Sul não deverá fazer descarrilar os planos para a independência do Sul a 9 de Julho, mas está a minar as esperanças de uma separação amigável e travar uma relação construtiva e económica entre os dois Estados.

Um comunicado da Casa Branca indica que o presidente Barack Obama está profundamente preocupado acerca da violência e a falta de acesso as organizações humanitárias as duas áreas, e ao facto que as partes sudanesas deviam retomar urgentemente as conversações com vista ao cumprimento do Acordo Compreensivo de Paz de 2005, o CPA.

Em alusões dirigidas aos líderes sudaneses em Cartoum, o presidente Obama disse que não devem deitar por terra a oportunidade em avançar com vista a promessa da paz e prosperidade.

A administração americana chamou a atenção esta semana ao Sudão que a sua acção em invadir e controlar Abyei e Kordofan do Sul prejudica o plano político de normalização das relações que os Estados Unidos tinham oferecido como incentivo no caso do cumprimento cabal do Acordo Compreensivo de Paz.

Falando durante uma audiência no Congresso, o enviado especial americano para o Sudão, o embaixador Princeton Lyman disse que Cartoum tem muito a perder se abandonar os seus engajamentos no acordo de paz.

“O Sudão do Norte, depois de 9 de Julho vai perder cerca de 60 por cento de receitas, vai assumir uma divida de 38 mil milhões de dólares, e sérios problemas económicos. Os do Norte já estão vivendo algumas dessas dificuldades. A única via de solução é mudar de acção e integrar as boas práticas da comunidade internacional.”

Lyman disse que os mediadores internacionais estão a beira de um acordo que poderá conduzir a retirada das forças sudanesas de Abyei, tendo adiantado também que um acordo sobre o Kordofan do Sul está a ser negociado e a sua conclusão pode ser para breve.