A campanha do pré-candidato presidencial republicano americano Marco Rubio arrecadou mais doações de Wall Street do que a de qualquer outro candidato, de acordo com uma análise das finanças das campanhas feita pela Reuters.
Esta leitura favorecer a sua posição como uma alternativa pró-mercado ao actual líder nas pesquisas, Donald Trump, principalmente depois do abandono da corrida por Jeb Bush que disputava com Rubio o apoio do establishment do Partido Republicano.
O senador do Estado da Flórida recebeu mais de quatro milhões de dólares de funcionários de bancos e firmas de investimento, como Bank of America Corp BAC.N, Deutsche Bank DBKGn.DE e Goldman Sachs Group Inc GS.N, desde que se lançou na corrida à Casa Branca no ano passado, segundo a análise de doações individuais de valores acima de 200 dólares.
Jeb Bush, ex-governador da Flórida que desistiu da disputa no sábado em função dos maus resultados nas primárias republicanas de Iowa, New Hampshire e Carolina do Sul, foi o segundo em doações oriundas de Wall Street, acumulando 2,45 milhões de dólares em contribuições, e a pré-candidata presidencial democrata Hillary Clinton ficou em terceiro lugar com 723 mil e 361 dólares.
Os montantes incluem contribuições aos respectivos Super PACs, os grupos de arrecadação sem relação com os pré-candidatos, mas que gastam em seu nome.
Mais dinheiro pode estar a caminho para Rubio à medida que o número de candidatos à indicação do partido diminui.
Poucos minutos depois de Jeb Bushabandonar a corrida, por exemplo, alguns de seus doadores disseram à Reuters que se preparam para canalizar o seu apoio financeiro para Rubio.
As doações de Wall Street, porém, podem tanto ajudar quanto atrapalhar um pré-candidato, especialmente junto aos eleitores que culpam os banqueiros pela crise financeira de 2008 e pela depressão que se seguiu.
O senador Ted Cruz, do Texas, que saiu vitorioso da prévia de Iowa, mas ficou um pouco atrás de Rubio no Carolina do Sul, onde esperava ficar com o segundo lugar e viu Trump vencer, só arrecadou 85 mil dólares dos empregados de Wall Street, segundo o levantamento da Reuters.