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Voz da América reitera que vai "continuar a cobrir de forma integral e justa eventos" no Burkina Faso


VOA
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Junta Militar suspendeu as emissões dos serviços em francês e em bambara por duas semanas depois de ter divulgado um relatório que denuncia violações dos direitos humanos no país

A Voz da América diz estar preocupada com as restrições ao seu conteúdo exigidas pelo Governo de Burkina Faso, que decidiu, na quinta-feira, 25, suspender as transmissões da emissora em francês e bambara durante duas semanas, reduzir o acesso ao site e às plataformas digitais da VOA e censurar a cobertura relacionada com alegações de violações dos direitos humanos por parte do exército burquinense contra civis.

“A VOA mantém as suas reportagens sobre Burkina Faso e pretende continuar a cobrir de forma integral e justa os eventos naquele país”, reitera o diretor interino.

John Lippman acrescenta que “a Voz da América segue estritamente os princípios do jornalismo preciso, equilibrado e abrangente, portanto, pedimos ao Governo de Burkina Faso que reconsidere esta decisão preocupante”.

Lippman sublinha ainda que, "enquanto o mundo se prepara para celebrar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa daqui a uma semana, esta última ação para restringir o livre fluxo de notícias e informações é mais um exemplo da verdade por trás do lema da VOA: Uma imprensa livre é importante”.

Com base nos dados de 2020, a Voz da América é ouvida por cerca de 14,3 por cento da audiência no Burkina Faso.

No comunicado, a autoridade de comunicação do Burkina Faso CSC, informou que os programas da VOA e BBC África transmitidos "a partir de Ouagadougou foram suspensos por um período de duas semanas”.

O CSC afirmou que a decisão foi tomada porque a BBC África e a VOA transmitiram e também publicaram um relatório nas suas plataformas digitais "acusando o exército do Burkina de abusos contra a população civil", em referência a um documento da Human Rights Watch.

A Voz da América tinha informado anteriormente ter solicitado reações ao relatório da HRW "de vários funcionários burquinenses", mas não recebeu resposta.

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